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domingo, 14 de março de 2010

Tartarugas Marinhas - Rainha do Mar



Elas são certamente mais antigas do que se pensava. A descoberta do mais velho fóssil de uma tartaruga marinha trouxe revelações das mais importantes sobre esses répteis, que vivem nos oceanos há mais de 100 milhões de anos. Há 110 milhões (desde o Cretáceo anterior) para ser mais exato. A localização do mais antigo fóssil de tartaruga marinha no município de Santana do Cariri, na Chapada do Araripe, no interior do Ceará, permitiu corrigir a data do surgimento do animal, aumentando-a em 10 milhões de anos. A descoberta foi revelada por Ren Hirayama, paleontólogo e professor de Geologia da Universidade de Teikyo Heisei, no Japão. O fóssil de apenas 20 cm de comprimento, chamado de Santanachelys gaffneyi, chegou as mãos do pesquisador japonês em 1992. Ele levou 3 anos, usando técnicas especiais, até chegar ao esqueleto da tartaruga. Estudos preliminares indicam que o fóssil recém-descoberto não é muito diferente de suas primas mais distantes que nadam atualmente pelos oceanos terrestres.








Portanto, o animal mudou muito pouco nesses milhões de anos. Existem 8 espécies no planeta
"Como os répteis em geral, as tartarugas marinhas sofreram pouquíssimas alterações morfológicas, mesmo vivendo em um planeta que passou por terríveis e, às vezes, fatais transformações climáticas e geológicas. Elas pertencem a uma espécie animal muito bem adaptada à vida na terra." Só para ter uma idéia de sua longetividade, os dinossauros, por exemplo, sumiram do mapa há 65 milhões de anos. As tartarugas no entanto, graças em parte à proteção de suas cascas, não somente escaparam como se adaptaram à vida no planeta de tal forma que podem ser encontradas em quase todos os recantos do mundo incluindo o Brasil e com excessão das regiões cobertas de gelo. E continuam resistindo bravamente. Se na água, depois de uma certa idade, elas praticamente não têm predadores naturais, ao contrário em terra, encontram seus piores inimigos: o homem. Quando vêm à praia para depositarem seus ovos, podem ser mortas e virar sopa, uma iguaria apreciada em várias regiões. E não é só: os ovos, de gosto muito forte, podem se transformar em omeletes com altos poderes afrodisíacos. Também são caçados pelas propriedades de sua carapaça, armações de óculos feitas com o casco da tartaruga-de-pente (Eritmochelys imbricata, por exemplo, chegam a valer de 3 a 4 mil dólares. E mesmo em alto mar elas não estão a salvo. A tartaruga gigante (Dermochelys cariacea), por exemplo, é vítima da poluição. Muitas confundem sacos plásticos com água-viva, sua refeição predileta, e acabam engolindo a embalagem e morrendo sufocadas. Outras são vítimas das redes de pesca, principalmente de camarão. Presas, não conseguem subir à tona para respirar, e se afogam. Por tudo isso, o homem conseguiu a proeza de colocar as 8 espécies de tartarugas marinhas existentes, na lista dos animais em extinção. Para mantê-las vivas, dezenas de entidades ambientalistas, como o Projeto Tartarugas marinhas (Tamar), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), procuram proteger os ninhos e criar leis que defendam esses animais da morte. Por exemplo desde maio de 1994, todas as redes de pesca de arrasto de camarão devem, por lei, adotar um "dispositivo de exclusão de tartarugas" (DET). Esse equipamento consiste na abertura de uma grade de metal, instalada no interior do corpo da rede, para permitir que a tartaruga escape. O camarão pescado nestas condições pode ser comercializado com o certificado Turtle Safe (tartaruga salva). Período de desova, o nascimento dos filhotes e a vida adulta
A única oportunidade em que uma tartaruga marinha pode ser observada é quando chega o período da desova. Entre os meses de setembro e janeiro, as fêmeas saem da água e vêm enterrar os ovos na praia. Depois de escolher o lugar do ninho ela limpa a areia e demarca o que os pesquisadores chamam de cama - uma área de areia de aproximadamente dois metros quadrados. Só depois é que começa a cavar o ninho com as nadadeiras anteriores. No fundo, a cerca de 1m de profundidade, ela depositará de 100 a 120 ovos, cada um com o tamanho aproximado de uma bolinha de ping-pong. Quando termina a desova a tartaruga tampa o buraco com areia, usando as nadadeiras, compacta a abertura com o próprio corpo e retorna vagarosamente para a água. Dentro da água as tartarugas são muito ariscas. Só pesquisadores experientes e ágeis conseguem capturá-las. Depois de 45 a 60 dias os ovos começam a eclodir. Os filhotes nascem com aproximadamente 5cm de carapaça e 15g de peso e para chegarem à superfície, terão que escalar, uns sobre os outros, a distância que os separa da abertura. Depois de 2 dias, quando emergem parace um formigueiro. Todos os filhotinhos saem de uma só vez, é como se brotasse tartaruga da areia. Desprotegidos e indefesos, eles ficam a mercê dos predadores. O caminho entre o ninho e o mar é um campo minado. Nas praias virgens, os filhotes são devorados por aves, lagartos e caranguejos. Os que conseguem escapar partem desesperados para a água do mar, mas nem lá estarão totalmente a salvo. Outros predadores os aguardam sequiosamente. As tartaruguinhas recém-nascidas têm energia acumulada suficiente para nadar pelo menos 24 horas sem parar, até encontrar um local seguro e farto em alimento. Os pesquisadores supõem que de cada mil filhotes apenas um ou dois irão chegar à idade adulta. Do nascimento até a vida adulta, quando as tartarugas atingem a maturidade sexual, não se sabe exatamente o que acontece com elas. Esse período, que pode ser de dez ou mais, intriga os pesquisadores, e é historicamente conhecido como "ano perdido". Uma das coisas que se sabe é que as fêmeas, quando adultas, voltarão às mesmas praias onde nasceram, para desovar. Como elas conseguem reconhecer o local exato, é outra questão que permanece mergulhada em denso mistério. Os cientistas supõem que os bichos tenham um olfato extremamente desenvolvido para reconhecer o cheiro da areia. Pode ser. Mas há também outras possíveis explicações. Segundo uma delas, os animais se orientariam pela posição da Lua e das estrelas. A descoberta de partículas de ferro no cérebro das tartarugas ensejou outra teoria: elas se orientam por meio de um campo magnético, como as aves. O fato pode ser comprovado pelas rotas migratórias que elas empreendem pelos oceanos do planeta.
A vida dos machos e o comportamento das tartarugas marinhas
A vida dos machos é ainda mais difícil de acompanhar. "Dificilmente eles são vistos", afirma Paulin. "Além disso, só é possível diferenciar os sexos na fase adulta, quando eles apresentam um longo rabo e desenvolvem unhas que servem para enganchar na carapaça da fêmea e manter-se sobre ela durante a cópula. Uma vez apoiado, o macho, com a ajuda da cauda, introduz o pênis em sua cloaca", revela a pesquisadora.
Um tipo de comportamento das tartarugas marinhas chama a atenção pela singularidade e também por ser ainda incompreensível para os cientistas. O fenômeno ocorre com os animais do gênero Lepidochelys, comuns no Caribe, e é conhecido como arribada (chegada, em espanhol). Durante três dias e três noites consecutivas, milhares de tartarugas marinhas fêmeas, de aproximadamente 30 a 40 cm, sobem à praia simultaneamente para desovar. "Parece um frenesi". Num trecho de apenas 8 ou 10 Km de extensão, dezenas de milhares de fêmeas desovam ao mesmo tempo. Na confusão uma coloca seus ovos sobre o ninho das outras. Centenas de ovos se quebram, produzindo um odor insuportável. O fenômeno ocorre entre os meses de junho e julho (verão no hemisfério norte) e ocorre em apenas três regiões específicas do planeta: uma no México, outra na Costa Rica e a última na Índia. Entender mais sobre o comportamento e hábitos desse misteriosos animais é um desafio constante para os pesquisadores em todo o mundo. A tenaz persistência dos cientistas entretanto, é mais que justificável: sua missão é retirar todas as oito espécies de tartarugas marinhas da indesejável relação dos animais em risco de extinção. Logo elas, que são um dos animais mais antigos do planeta.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

ARTÊMIA



Artêmia é um pequeno crustáceo que pertence ao filo Arthropoda e à classe dos crustáceos. que habitam a terra a mais de 300 milhões de anos. São zooplanctons como Dáfnia e Copepoda, os quais também são usados como alimento vivo. Seu tamanho é de 8 à 10mm de comprimento e sua cor pode ser vermelho claro, rosado, cinza claro ou castanho, variando de acordo com o meio em que vive e os alimentos que ingere. Quanto mais avermelhadas melhor, pois contém mais Caroteno (substância que estimula as cores dos peixes). É um dos melhores alimentos para alevinos, peixes novos e peixes em tratamento, pois é muito rica em proteínas e vitaminas (principalmente a protovitamina A e o Caroteno) e sais minerais. Suas qualidades nutritivas aceleram a recuperação, já que artêmia em grego significa saúde. Esta espécie está adaptada à grande mudança ambiental, como variações abruptas de salinidade, de temperatura e de oxigênio dissolvido.


Anatomia:


O corpo está dividido em cabeça, tórax e abdome. A cabeça consiste de dois segmentos fusionados que suportam dois olhos pedunculados, um olho naúpilo, assim como as antênulas e antenas. As antênulas filiformes estão localizadas na parte dorsal. As antenas dos machos são transformadas em órgãos de preenssão. Nas fêmeas elas são curtas e foliáceas. O corpo está dividido em cabeça, tórax e abdome. A cabeça consiste de dois segmentos fusionados que suportam dois olhos pedunculados, um olho naúpilo, assim como as antênulas e antenas. As antênulas filiformes estão localizadas na parte dorsal. As antenas dos machos são transformadas em órgãos de preenssão. Nas fêmeas elas são curtas e foliáceas.

Habitat:
As artêmias vivem em lagos de alta salinidade e não no mar, apesar do nome confundir um pouco. Vive normalmente em lagos de água salgada ou salobra. Pode, no entanto, viver em águas preparadas artificialmente ou mesmo em águas doces, durante algum tempo. O habitar nativo da Artemia sp aqui na Região dos Lagos, estado do Rio de Janeiro, Brasil, é a Lagoa de Araruama, uma lagoa costeira hipersalina, que foi formada cerca de cinco mil anos atrás devido aos movimentos de avanços e recuos do mar, formando uma língua de areia, que a separou do oceano, deixando porém, um canal de comunicação permanente, o Canal de Itajurú. Este canal ainda é a fonte de alimento deste ambiente , pois é através dele que ocorre a renovação da água e a entrada de animais e plantas (Barroso,1987). O famoso lago de Salt Lake nos Estados Unidos é um exemplo de habitat das artêmias.

Reprodução:
Dependendo dos diferentes parâmetros fisiológicos e bioquímicos do ambiente, as populações de Artemia se reproduzem sexualmente ou parterogeneticamente, liberando náuplios ou cistos. Os ovos são divididos em ovários pares, que se situam nos dois lados do trato digestivo, atrás dos toracópodos. Uma vez maduros os ovócitos são transferidos via ovidutos para dentro do útero. Neste momento se efetua a copulação. O macho flexiona seu abdome para frente e uma da patas que possui é introduzida na abertura do útero onde os esperma são depositados. O que irá determinar se a fêmea será ovípara ou ovovivípara serão os fatores ambientais, um exemplo destes fatores é a alta salinidade.

Cistos:



Diâmetro médio de 0,2 a 0,3 mm com peso entre 2,8 a 4 mg.


Jovem Naúpilo:


Tamanho de 0,45 mm de comprimento e 0,1mm de largura com peso de 0,01 mg. Passa de metanaúpilo fase I e II graças as reservas vitelinas. Durante os próximos 7 a 10 dias passa para os estágios metanaúpilo III e IV, que diferem um do outro no grau de segmentação do corpo, na transformação da 2ª antena e na aparência das pernas torácicas. Durante esse período o corpo aumenta de 0,5 para 2,5 a 4 mm. O náupilo de artêmia pode dobrar de tamanho em pouco mais de 24 horas. Os náuplius podem viver várias horas na água doce, o que permite o seu emprego na alimentação de peixes e outros animais que vivam nesse ambiente.Jovem:Com 5 a 6 mm até adulto 15 a 16 mm. Estão quase sempre acasalando.




Crescimento -


15 estágios do ovo até a maturidade sexual que é atingida em duas etapas. Podem produzir 200 náuplios a cada cinco dias. Período de vida 21 dias.(Costa,1984)Ovos:Os ovos são divididos em ovários pares, que se situam nos dois lados do trato digestivo, atrás dos toracópodos. Uma vez maduros os ovócitos são transferidos via ovidutos para dentro do útero. Neste momento se efetua a copulação. O macho flexiona seu abdome para frente e uma da patas que possui é introduzida na abertura do útero onde os esperma são depositados. O que irá determinar se a fêmea será ovípara ou ovovivípara serão os fatores ambientais, um exemplo destes fatores é a alta salinidade.



Alimentação:




A Artemia salina obtém seu alimento pela filtração da água, podendo ingeriralimento com um tamanho de 5 a 50 micron.



O ciclo de vida:
ovo - antes da eclosão, náuplius - são as larvas após a eclosão, jovem - com 6 dias de idade e adulto, quando atinge 10 dias de idade. O tempo de vida da artêmia é de 6 a 12 meses.
As Artêmias são ricas em proteínas, vitaminas (caroteno) e sais minerais, por isso são utilizadas em larga escala em cultivo de camarões e peixes na fase larval, acelerando o crescimento dos animais, recuperando os indivíduos doentes, deixando-os mais sadios. Apresentam-se como excelente dieta alimentar para peixes e crustáceos no ambiente natural, devido a isso preferem habitar locais com difícil sobrevivência para outras espécies , como salinas que atingem temperaturas de até 40ºC e salinidade de até 300 partes por mil, pois são menos predadas (Medel, 1997).


Este microcrustaceo é amplamente utilizado na aqüicultura, para alimentar as diversas fases larvais e pós- larvais de peixes e crustáceos. Os náuplios de Artêmia tem um alto valor nutritivo, larvas com poucas horas de vida possuem: 42 % de proteinas, 23,2 % de gordura e 6 calorias por grama, enquanto o juvenil com 6 dias tem 59,72 % de proteina, 7,0 % de gordura. Os indivíduos adultos com 10 dias tem 62,78% de proteinas e 6,5 % de gordura. O corpo de Artemia sp desde a fase de náuplio até adulto, não possui carapaça rígida de quitina, facilitando a alimentação dos peixes e camarões nas fases larvas e pós-larvas já que o aproveitamento é total

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

OSTRAS


Molusco, bivalve, ostreida, do gênero Ostrea.

Essas são as partes de uma ostra dentro da concha:
boca (palpus)
estômago
coração
intestinos
guelras
ânus
músculo abdutor
manto

Habitat
Vive em colônias, fixo nas pedras, ferro, madeira, ou mesmo uns agarrados aos outros.

Introdução
O nome ostra é usado para um número de grupos diferentes de moluscos que crescem em sua maioria em águas marinhas ou relativamente salgadas. As ostras verdadeiras pertencem à ordem Ostreoida, família Ostreidae. As ostras têm um corpo mole, protegido dentro de uma concha altamente calcificada, fechada por fortes músculos adutores. As guelras filtram o plâncton da água. Ostras são bivalves, o que significa que suas conchas são formadas de duas partes, as valvas. As valvas das conchas são mantidas juntas por um ligamento elástico. Este ligamento é posicionado onde as valvas se juntam, e usualmente as mantém abertas para que as ostras possam se alimentar.

Anatomia
A casca da ostra é formada por uma espécie de calcita e argonita cristalizado em forma de carbonato de cálcio. Quando a ostra sente perigo, é capaz de travar a casca por meio de um potente músculo de fechamento. O corpo da ostra é coberto fora a fora com uma fina manta protetora. No interior encontramse: brânquias, boca, estómago, fígado, coração, rins (dois), intestino, ânus, pálpebras, músculo e dobradiça. O coração que faz circular o sangue incolor é facilmente visível posicionado logo acima do músculo de fechamento. O sangue da ostra constitui metade de seu peso e é um líquido pouco avermelhado, mas que pode também ser incolor ou azul.

Espécies
São conhecidas sete espécies brasileiras, e a Ostrea virginica, de formato irregular e de valva inferior côncava, é a mais comum. O comprimento médio é de 6 a 8 cm, mas pode atingir até 20 cm. A ostra chata é um molusco sem cabeça, mas que possui fígado, estômago, coração, boca, intestino e outros órgãos. Sendo bivalve, tem duas tampas: a superior, chata; e a inferior, côncava. Quando se abre uma ostra com cuidado é possível ver as pulsações do seu coração


Fecundação

Em condições naturais, uma fêmea de ostra pode colocar 200 milhões de ovos, sobrevivendo porém alguns poucos: cerca de 1% chega a fase adulta. Os ovos depois de fecundados tornam-se larvas planctônicas e depois de um período de 15 dias procuram um substrato para se fixarem. A partir daí, formam sua concha e crescem, permanecendo fixos por toda vida. No verão durante o período de reprodução é possível perceber um aspecto visivelmente leitoso em todo interior da ostra. As ostras trocam de sexo, alternativamente são masculinos e depois femininos e lhe confere a característica de "hermafroditismo" sucessivo. A troca se dá após emissão do produto genital, a emissão do sêmen masculino e dispersão do sêmen pelo ambiente marinho. Na fêmea é o momento da ovulação, também denominado de "ponte". A ostra fêmea guarda suas ovas no interior das câmaras de respiração. As ovas são fecundadas pelo sêmen proveniente das correntezas d´água de qual a ostra aspira as fontes de alimentação. Num prazo de 8 a 10 dias, as larvas são expelidas. Elas mantém uma vida flutuante no ambiente marinho até procurar um suporte para fixação permanente. A natureza da ostra é capaz de compensar as perdas naturais, gerando a partir de uma única matriz um número elevado de larvas, algo entre 500.000 a 1.500.000 de larvas

Reprodução

O ciclo da ostra se inicia na semente, uma larva extremamente pequena, proveniente naturalmente da ostra matriz. No ambiente natural, uma boa parte das sementes se perderia, devido a ação dos predadores como os peixes, as estrelas do mar, os siris e caranguejos e os pássaros. O manejo do ostreicultor evita perdas numerosas de sementes. A ostreicultura em algumas regiões conta com a fecundabilidade natural da ostra para popular os bancos de criação, conseguindo obter assim novas sementes a partir dos próprios recursos naturais. Na região da Cananéia, a espécie é nativa e designada como "Crassostrea rizophorea", ou mais comum, como "Crassostrea brasilianaAs pequenas larvas procuram um suporte que lhe convêm para se fixar. A coletora preparada cuidadosamente pelo ostreicultor tem várias finalidades: serve de suporte, abrigo e proteção dos predadores naturais.

Alimentação

As ostras filtram a água e se alimentam de microalgas e matéria orgânica. Chegam a filtrar 10 litros de água/hora e são indicadas para canais de escoamento e bacias de decantação em cultivos de camarão, para reduzir o impacto ambiental. Um cultivo 1000 travesseiros, ou 200.000 ostras ocupa uma área de 2.000m2 e filtra até 2 milhões de litros de água p/hora


COMO AS OSTRAS FAZEM PÉROLAS
As ostras são famosas por produzir nácar e pérolas. O nácar ou madrepérola pode ser branco, amarelo, verde ou negro, e brilha quando exposto à luz. É utilizado para fabricar botões, cabos de faca etcComo a ostra cresce de tamanho, sua concha também deve crescer. O manto é um órgão que origina a concha da ostra, usando os minerais dos alimentos. O material criado pelo manto é chamado madrepérola. A madrepérola alinha o interior da concha.A formação de uma pérola natural começa quando uma substância estranha desliza para dentro da ostra, entre o manto e a concha, o que irrita o manto. A reação natural da ostra é cobrir esta irritação para se proteger. Quando um grão de areia se introduz entre o manto e a concha, a ostra o reveste com o nácar. Se o corpo estranho irritar demais o manto, este começa a produzir um nácar especial, brilhante e suave, que é a matéria-prima da pérola.
O manto cobre a irritação com camadas da mesma substância de madrepérola, que é usada para criar a concha. Isto eventualmente forma uma pérola.O corpo estranho que invade a ostra pode ser morto ou vivo. De qualquer modo, ele será emparedado pelo nácar e ali ficará para sempre. Algumas pérolas são depois expulsas. Mas as que se grudam demais ao manto continuam, por anos, sendo envolvidas pelo nácar e dão origem às grandes pérolas. As mais preciosas e brilhantes chamam-se "oriente". Seu brilho é devido à superposição das camadas de nácar, que facilita a passagem da luz. Quanto mais tênues e transparentes são as camadas, maior a beleza e o brilho.
As ostras fabricam pérolas com formas que variam desde a esfera perfeita até ao formato de gota, ovo, cone, barril, asa ou martelo. Calcula-se que são necessários entre dois e três anos para o surgimento de uma pérola, e as mais bonitas são as que mais desconforto causaram à ostra.
Portanto, uma pérola é uma substância estranha coberta com camadas de madrepérola. A maioria das pérolas que vemos nas joalherias são objetos bem redondos, e são as mais valiosas. Nem todas as pérolas se saem tão bem assim. Algumas pérolas possuem um formato irregular - estas são chamadas pérolas barrocas. As perolas, como você provavelmente já notou, possuem grande variedade de cores, incluindo branca, preta, cinza, vermelha, azul e verde. A maioria das pérolas podem ser encontradas por todo o mundo, mas as pérolas pretas são nativas do sul do Pacífico.As pérolas cultivadas são criadas pelo mesmo processo que as pérolas naturais, mas claro, com uma mãozinha dos criadores. Para criar uma pérola cultivada, o criador abre a concha da ostra e faz uma pequena fenda no tecido do manto. Pequenas irritações são então inseridas por baixo do manto. Em pérolas cultivadas em água doce, cortar o manto da ostra é o suficiente para induzir a secreção de madrepérola que produz uma pérola sem que para isso um corpo estranho tenha que ser inserido.Apesar das pérolas cultivadas e naturais serem consideradas de igual qualidade, pérolas cultivadas tem geralmente um valor menor, já que não são tão raras.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

APOSEMATISMO, CAMUFLAGEM E MIMETISMO


APOSEMATISMO

Aposematismo, ou sinal de advertência aos predadores, é uma característica adaptativa utilizada por animais e alguns vegetais como mecanismo natural, revelando através de cores vivas e acentuadas pelo corpo, o seu potencial de defesa por meio de peçonha ou substâncias nocivas sintetizadas e secretadas pelas presas, inalando ou exalando “veneno” quando em situação de perigo. Entre as cores, as que mais se destacam são: a vermelha, a amarela, a verde, a azul e a preta juntamente ao branco, recobrindo a superfície corporal de um animal de forma uniforme com apenas uma destas cores, ou formando variações a partir de combinações entre elas: - Vermelho, preto e amarelo - Vermelho e amarelo - Vermelho e preto - Preto e branco.ou simplesmente cores vibrantes uniformes por todo o corpo. Exemplos dessas cores são o amarelo, vermelho, verde e azul. Uma presa com este recurso causa alerta ao seu predador, que até mesmo desiste de um provável ataque. Evolutivamente os organismos predadores passaram a evitar esses animais, identificando os riscos provocados quando os ingeriam, tendo que regurgitá-los. O caso mais representativo pode ser evidenciado pelo padrão de coloração da cobra-coral verdadeira (Gênero Micrurus), e também copiado (mimetização) pelas cobras-corais falsas, que aproveitam desta circunstância para escaparem dos predadores. Exemplos: salamandra-de-fogo, rãs tropicais, cobra coral falsa, cangamba




o Peixe linguado vive em fundos de areia, lodo ou cascalho, usando o mimetismo para se camuflar contra os predadores. Alimentam-se de crustáceos e moluscos.


MIMETISMO
A existência de características morfológicas nas espécies pressupõe, em primeira análise, uma forma de comparação de indivíduos da mesma espécie, grupo ou família, embora existam casos em que morfologicamente possam haver algumas excepções.Dentro dessas características surgem sem duvida uma que é a que me suscita bastante interesse, o mimetismo e a sua ou comparação e semelhança com a camuflagem.



Solhas camufladas - Mares dos Açõres
apresenta excelente mimetismo com o fundo. Exemplo: bagres, linguados, trilhas, mangangás, alguns cações e a maioria das raias.

Semelhante à camuflagem, só que ao invés de se parecerem com o meio, os animais que praticam o mimetismo tentam se parecer com outros animais, com intuito de parecer quem não é.

Mimetismo de Defesa

A raia fica quietinha no fundo
Este comportamento constitui um método

de defesa bastante eficaz,
tornando o animal confundível com o substrato
e praticamente invisível aos olhos
de predadores e de mergulhadores pouco atentos.


Batesiano: os animais tentam se parecer com outros de espécies diferentes que têm gosto ruim ou são venenosos. Como exemplo, algumas abelhas têm desenhos parecidos com corujas em suas asas. A cobra falsa-coral não possui veneno (na verdade, possui, mas raramente consegue utilizá-lo em razão da pequena abertura de sua boca), por isso tenta parecer-se com a coral verdadeira.


Mulleriano: Os animais se assemelham a outros animais que têm gosto ruim, e por isso seus predadores não os atacam. - Mimetismo de ataquePeckhaminano: os animais se misturam a outros parecidos, para se aproximar da presa. Exemplo: bútio, se aproxima do bando de outras aves para se aproximar da presa.

DEFINIÇÕES
Segundo algumas definições o mimetismo tende a ver com:- Capacidade que alguns animais têm de adquirirem ou tomarem a cor, forma ou configuração de objectos, meios ou animais;

Disfarce
Técnica de ocultação dos animais;- Imitação; Adaptação; Característico de espécies com pouca mobilidade, que em geral, costumam ficar em repouso por longos períodos;- Alteração consoante o meio.
O mimetismo anda em torno da alteração e mudança de cor de um individuo de uma espécie, e funciona como camuflagem predadora, camuflagem defensiva, acasalamento, reconhecimento ou sinal avisador de situações de perigo, penso também que o estado de espírito da espécie não racional se demarque na origem da cor e consequente mimetismo ou camuflagem.A cor é a meu ver o ponto chave de desenvolvimento, defesa e manutenção de uma espécie marinha, num meio ambiente que pode ser alterado de um momento para o outro, pelo simples facto de alterações climatéricas ou arribação de espécies para outros fundos ou zonas de costa diferentes. O mimetismo anda em torno da alteração e mudança de cor de um individuo de uma espécie, e funciona como camuflagem predadora, camuflagem defensiva, acasalamento, reconhecimento ou sinal avisador de situações de perigo, penso também que o estado de espírito da espécie não racional se demarque na origem da cor e consequente mimetismo ou camuflagem.A cor é a meu ver o ponto chave de desenvolvimento, defesa e manutenção de uma espécie marinha, num meio ambiente que pode ser alterado de um momento para o outro, pelo simples facto de alterações climatéricas ou arribação de espécies para outros fundos ou zonas de costa diferentes. A cor é a meu ver o ponto chave de desenvolvimento, defesa e manutenção de uma espécie marinha, num meio ambiente que pode ser alterado de um momento para o outro, pelo simples facto de alterações climatéricas ou arribação de espécies para outros fundos ou zonas de costa diferentes.
recorrem a um melhor meio de fugir ao seu predador, ou seja, poupando energia que seria gasta em vão ou não na sua fuga, enganando os olhos do seu predador. Segundo estudos todos os olhos são iludíveis, porque estão sujeitos ao que se chama ilusão de óptica, é precisamente nos defeitos da percepção que se baseiam os melhores truques do mimetismo na produção dos resultados quer defensivos, quer atacantes, de presas ou predadores.

CAMUFLAGEM
(ouriço)
Já a camuflagem tende basicamente duas características idênticas;- Encobrimento;- Disfarce. Alguns animais podem ter a capacidade de se camuflarem com o meio em que vivem para tirar alguma vantagem. A camuflagem pode ser útil tanto ao predador, quando deseja atacar uma presa sem que esta o veja, ou para a presa, que pode se esconder mais facilmente de seu predador. Existem dois tipos de camuflagem, a Homocromia, onde o animal tem a cor é a mesma do meio onde vive, e a Homotipia, onde o animal tem a forma de objetos que compôe o meio.

- Homocromia - Como exemplo, podemos citar os ursos polares, que têm o pêlo branco que confunde-se com a neve

- Homotipia

O bicho-pau, que tem forma de graveto e fica em árvores
que têm galhos semelhantes à forma de seu corpo.
AS CORES E SUAS TONALIDADES
Muitas espécies têm variadas cores e tonalidades formando desenhos, riscas, manchas e anéis, de forma a que esses desenhos tenham o efeito de “dividir” a forma do corpo, altera-lo ou redimensiona-lo, pois em muitos casos os desenhos reproduzem exactamente a sua ou outra forma, isto é, poderão ainda valorizar as suas cores e formas fazendo com que os animais fiquem bem mais visíveis alterando a sua forma e tamanho, provocando atenção ou medo quando ameaçado. Em casos de não hermafroditismo, isto é, quando a cor, tonalidade e o desenho são diferentes nos dois sexos, servem também para o reconhecimento sexual, identificando claramente o macho da fêmea.

APARECIMENTO DAS CORES
As cores dos animais devem-se a substâncias químicas denominadas pigmentos. O pigmento mais comum é a melanina, de cor castanho-escuro ou preta, que se encontra na pele e é responsável pelo que chamamos mudança de cor ou bronze, na altura em que frequentamos a praia no verão.A melanina é responsável por todos os “pretos” do mundo animal.A maior ou menor presença desse pigmento faz com que a pele humana seja mais ou menos escura.Outros pigmentos muito difundidos são os carotenos, (abundantes na cenoura), de cor amarela, alaranjada e vermelha. Comuns nos crustáceos e em outros animais marinhos.



IMITANDO O AMBIENTE (EXEMPLOS)
O polvo é o rei em mimetismo a sua cor imita o meio ambiente exactamente ao segundo conforme vai sendo alterada a cor dos locais por onde passa.



O cavalo-marinho imita as folhagens submarinas, a cauda enroscada nas algas, entre as quais se oculta






O peixe-escorpião ou rascasso, tem uma tonalidade avermelhada e a sua forma da cabeça é algo que o deixa praticamente invisivel quando está num meio identico á sua cor, isto é no meio de pedra e alga ou limo avermelhado.





O linguado imita o fundo de areia, e cobre o seu dorso com uma fina camada de areia mantendo apenas os olhos á superfície do fundo de areia.São muitos animais que recorrem a esta técnica. O importante para essas espécies é assumir a forma do ambiente, imitando as cores, ou mesmo assumindo a forma de uma pedra, areia, rocha, algas, etc.

IMITANDO OUTRAS ESPECIES
Nem todos os animais miméticos procuram esconder se, alguns, ao contrário, colocam-se bem à vista, assumindo a cor ou aparência de animais perigosos.Como por exemplo algumas espécies imitam com perfeição o aspecto de outras espécies perigosas, se imóveis já é difícil distingui-las, em movimento é impossível, pois a sua definição é bem mais difícil de comparar.Outro exemplo é as espécies que, para se proteger, assume o aspecto de espécies venenosas, que pertencem a outra família.

MUDANÇAS DE COR
Entre os animais miméticos, existem alguns que chegam a mudar de cor em função do ambiente em que se encontram. O “truque” só é possível porque abrigam sob a epiderme células especializadas contendo pigmentos de cores diferentes. Se o ambiente é verde, dilatam-se as células contendo pigmento esverdeado, enquanto as outras se contraem. O polvo é mais conhecido. A sua cor muda de acordo com o tipo de fundo no qual se encontra.

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O MIMETISMO

Mimetismo é a semelhança física ou de comportamento, geralmente adotada por uma espécie que imita a outra, com a intenção de se proteger de seus predadores. Os animais e plantas mais imitados são aqueles cujas características nocivas deixam uma impressão duradoura nos predadores. Ao invés de se esconder dos predadores por meio da camuflagem, as espécies que se mimetizam exibem os mesmos sinais ou comportamentos de advertência das espécies perigosas das quais imitam.
O mimetismo foi descoberto em 1862 pelo naturalista britânico Henry Walter Bates, que descobriu duas espécies distintas de famílias de mariposas nas selvas brasileiras. Ambas, mesmo não possuindo nenhuma ligação, apresentavam marcas similares. A partir daí, observou que uma das famílias de mariposas era venenosa para as aves, então, deduziu que as mariposas comestíveis haviam conseguido sobreviver desenvolvendo marcas de advertência similares as das mariposas venenosas. Tal conceito, o mimetismo de Bates, foi utilizado na demonstração da teoria da seleção natural de Charles Darwin. Segundo esta teoria, as aves desempenhavam o papel de agentes da seleção natural ao eliminar as mariposas comestíveis que eram menos parecidas com as mariposas venenosas.
Outra classe de mimetismo, chamada de mimetismo de Muller, encontra-se sobretudo em determinadas espécies de insetos. Estes insetos, apesar de serem igualmente venenosos, desenvolveram marcas similares para reduzir a mortalidade.
Exemplos
Encontram-se exemplos de mimetismo entre muitas plantas e animais diferentes, tais como: orquídeas, insetos, pássaros, lagartos, tubarões e escaravelhos venenosos.


Phromnia Rosea - Olhando rápido pode parecer que este tronco está com algum tipo de fungo ou frutas coloridas . Mas olhando bem você vai ver que são vários insetos ali. O segredo deste animais é sua organização quase militar em termos de posicionamento. Vistos a distância, eles parecem ser um único conjunto de folhas. Este animal é nativo das florestas de Madagascar.O interessante é que as ninfas deste inseto também são exímias peritas na arte do disfarce.



Olhando rapido pode parecer uma singela floração ou algum tipo de fungo parasita na árvore mas de perto vemos que se trata das ninfas do inseto e sua engenhosa camuflagem.






Bicho folha. (Phillidae) O nome já diz tudo, né? Nos EUA são chamados de folhas vivas. Esta família de insetos é bem vasta e variada, compreendendo animais que se assemelham a diversos tipos de folhas. A simulação chega a um grau de perfeição que as “folhas” contém lesões e recortes nas bordas, como uma folha de verdade que foi roída ou atacada por fungos. Muitos possuem requintes de camuflagem, como veios similares aos das folhas das árvores onde se escondem, cantinhos ressecados e até alguns animais da família Phillidae parecem folhas secas.





Outro mestre do disfarce é o Bicho-pau. (Phiblossoma phyllinum) Ele fica horas parado e geralmente passa batido. Seu corpo delgado e comprido engana bem como um pedaço de galho ou graveto sem folhas.




Você acha que isso é uma bacia cheia de gravetos? Não. è uma bacia cheia de bichos-pau






Inseto feio mas que se disfarça muito bem em troncos é o jequiranabóia amazônico. Basta olhar para este inseto para qualquer índio correr de medo. O troço tem cara de jacaré! Mas a verdade é que apesar da fama de assassino, este inseto é absolutamente inofensivo. São duas espécies que compartilham o nome e características principais, como a cabeça de cobra-jacaré. Eles são os Fulgora lanternaria e a Fulgora lampetis


As mariposas costumam se disfarçar em cascas de arvores para desaparecer. Alguns exemplos clássicos do mimetismo usam as mariposas como exemplos:

Lagartas também costumam ser eficientes na arte de sumir no mato. isso geralmente causa problemas pois muitas delas contém um veneno bastante forte que podem afetar o homem. Conheço casos de pessoas que encostaram em “taturanas” (Lonomia )e perderam os movimentos dos membros temporariamente em decorrência do efeito tóxico dos espinhos.

Veja como este inseto desaparece no meio de flores:


Outro inseto com incrível aparencia que podem literalmente sumir dependendo do tipo de vegetação em que se encontra é o Louva-Deus. Existem inúmeras variedades de Louva-Deus, como os que parecem flores acima e os que parecem folhas caídas e até mesmo aqueles que simplesmente são confusos demais para o predador reconhecer um padrão


Os grilos também costumam ser feras em se esconder. Tem um grilo enorme bem no meio desta

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