CARACTERÍSTICAS
São indivíduos pertencentes ao género Grimpoteuthis, e denominam-se polvos-dumbo devido às duas barbatanas membranares que se localizam na sua cabeça e que fazem lembrar as orelhas do elefante Dumbo da Walt Disney.
Apesar disso, existem diversas espécies de dumbo com formatos diferentes.
O maior espécime já encontrado destes animais tinha quase seis quilos e menos de dois metros de comprimento, embora se julgue que a maior parte das espécies de polvo-dumbo sejam normalmente mais pequenas. Possui 8 tentáculos como todos os membros da ordem Octopoda.
São seres relativamente pequenos.
O polvo dumbo tem uma característica única dentro de sua família: sua maneira de se mover o distingue dos outros polvos.
Flutuam sobre o solo do mar, fazendo uso dos seus tentáculos, de jactos de água e das suas barbatanas membranares (assim conseguem-se deslocar na água). Se bem que há espécies de polvo-dumbo que simplesmente habitam as águas abertas, longe do solo.
O polvo-dumbo é conhecido, além da aparência, por viver em profundidades extremas no fundo do mar. Ao contrário da maior parte dos polvos, o dumbo engole a sua presa de uma só vez, em vez de picar em pequenos pedaços antes de colocar na boca, como fazem outros cefalópodes.
A grande característica que define o polvo dumbo é o físico: assim como os outros polvos, eles tem longos tentáculos e se impulsionam expulsando a água.
Na verdade, o polvo dumbo não é uma espécie única, mas é um gênero formado por 13 espécies diferentes, que conhecemos até o presente momento.
Em geral, foi observado que eles são brancos ou de tonalidade muito pálida: a falta de luz em seu habitat não permite que desenvolvam pigmentos na pele.
Eles têm um corpo gelatinoso, que ajuda a suportar a grande pressão ambiental a que está submetido durante toda sua vida.
HABITAT
Conseguem viver em extremas profundidades (3 000-4 000 m abaixo do nível da água do mar), se bem que há certas espécies que conseguem alcançar os 7 000 m que é a profundidade máxima a que já foi encontrada cefalópodes. São uma espécie rara e difícil de encontrar, pois vive apenas em águas profundas, é muito pálido, já que, por habitar tão fundo, não tem acesso à luz solar.
Acredita-se que vivem em todo o planeta: já foram encontrados nas costas dos oceanos Pacífico e do Atlântico, na América do Norte, nas Filipinas, nas ilhas Açores, Nova Zelândia, Austrália, Nova Guiné. Não parecem ter preferência por um oceano ou outro.
ALIMENTAÇÃO
Alimentam-se de por crustáceos, bivalves e vermes e da grande variedade de crustáceos existentes a estas profundidades. Ao contrário da maior parte dos polvos, o polvo-dumbo engole a sua presa toda, de uma só vez.
Enquanto eles se impulsionam e mantêm o equilíbrio com as barbatanas, com os tentáculos eles tocam o solo oceânico, as rochas ou os corais para encontrar sua presa. Eles se colocam em cima delas e as comem inteiras
REPRODUÇÃO
Os machos e as fêmeas apresentam diferentes padrões de ventosas e diferentes tamanhos. Estudos demonstraram que as fêmeas estão sempre a produzir ovos, as fêmeas carregam vários ovos em diferentes estados de maturação dentro dela.
Já os machos, como outros cefalópodes possuem um tentáculo mais comprido (Hectocótilo) que é usado no armazenamento e transferência de espermatóforos para as fêmeas, durante o acasalamento. Depois as fêmeas depositam os seus ovos debaixo de pedras e conchas, e abandona-os.
Entretanto, parece que não há um período para reprodução: Quando as condições ambientais são favoráveis, fecunda um dos ovos e o deposita em algum lugar. Os filhotes nascidos já estão totalmente desenvolvidos e podem sobreviver por conta própria.
Sem os corais, o polvo dum
bo não poderia reproduzir-se e os filhotes não poderiam caçar as suas primeiras presas para sobreviver e crescer.
Graças ao fato de viverem em profundidade oceânica, o ser humano dificilmente poderá ameaçar sua sobrevivência. Apesar disso, eles têm alguns predadores para fugir: orcas, tubarões, outros cefalópodes maiores e até mesmo o atum pode caçá-los.
As grandes ameaças a esta espécie são a mudança climática e o aumento da temperatura dos oceanos, assim como a poluição da água: pedaços de lixo ou outros tipos de resíduos que poderiam descer para seu habitat.
De todas as espécies de polvo, o dumbo é o gênero que vive em maior profundidade. Isso permite que ele sobreviva e se desenvolva sem as ameaças do ser humano, mas complica o trabalho de estudá-lo e conhecê-lo melhor.