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sábado, 6 de junho de 2020

PEIXE VÍBORA



                                    


Nome científico:   Chauliodus sloani
Classificação: Espécie
Ordem: Stomiiformes
Classificação superior: Chauliodus
Encontrado em: Mar Vermelho

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Peixe-víbora é uma espécie de peixe, que vive a cerca de 2 500 metros de profundidade nos oceanos. Seu comprimento é de 20 a 35 cm. Possui o recorde de maior dente relativo ao tamanho da cabeça, são tão grandes que precisa abrir sua boca para que os dentes fiquem verticais de modo a poder engolir suas presas. 


                                         


Possui o recorde de maior dente relativo ao tamanho da cabeça, são tão grandes que precisa abrir sua boca para que os dentes fiquem verticais de modo a poder engolir suas presas. Quando a boca está fechada, os dentes se sobrepõem às mandíbulas. Agarra as presas perfurando-as com os longos dentes, nadando até elas, com a primeira vértebra servindo como um amortecedor do impacto.

                                          


 Consegue baixar o esqueleto das guelras, o que permite que engula suas presas inteiras. Sua cabeça mede aproximadamente 2 cm e seus dentes possuem pouco mais que a metade dessa medida.



                                    



Uma trilha de fotóforos é encontrada dentro de sua boca. Outra trilha de aproximadamente 350 pontos luminosos é encontrada ao longo das laterais inferiores de seu corpo e no lombo, que assim como os fotóforos de qualquer peixe abissal, não servem para iluminar o caminho (falta-lhes potência para isso). Um par de pequenas nadadeiras frontais é encontrado próximo da cabeça. A  nadadeira dorsal é formada por seis raios, sendo que o primeiro é bastante longo e tem um ponto luminoso em seu extremo. Outro par de nadadeiras é encontrado no meio do corpo. A nadadeira anal é maior que as demais e a cauda é bifurcada, semelhante à maioria dos outros peixes.



                                        


Reprodução 

Muito pouco se sabe sobre seus hábitos reprodutivos e fases de crescimento. É ovíparo. Provavelmente os fotóforos luminosos em seu corpo servem como característica sexual secundário, para reconhecimento mútuo, pois no seu habitat é difícil encontrar um parceiro na escuridão total.



                                          


Comportamentos

Tal como seus hábitos reprodutivos, pouco se sabe sobre sua ecologia e comportamento. Como provam os peixes-víboras-comuns atirados nas praias do Mediterrâneo, cardumes desses bichos migram para a superfície, onde as correntes os arrastam. Supostamente, usa o primeiro raio de sua nadadeira dorsal como isca luminosa, para atrair peixinhos na escuridão dos abismos submarinos.



                                      


O peixinho persegue o pontinho luminoso até cair na armadilha que é a boca do peixe-víbora-comum, que se fecha como uma gaiola. Talvez também a trilha de fotóforos dentro de sua boca sirva de isca. Também dá caça às sagitas, invertebrados que mergulham até as profundezas onde vive. A boca e os dentes formidáveis só chegam a apavorar essas pequenas presas. O exame do conteúdo do estômago de bichos abissais indica certos hábitos alimentares. O peixe-víbora-comum alimenta-se freqüentemente de pequenos crustáceos, mas é presa de muitos gêneros de medusa.

Habita os abismos marinhos de até 3.000 m de profundidade.



                                              




Distribuição Geográfica

Ocorre em fendas marinhas no Mediterrâneo, como no estreito de Messina (entre a Sicília e a península italiana).

Região Biogeográfica: oceânico (nativo).


                                                   



Distribuição Histórica

O peixe-víbora-comum é um peixe stomiforme proveniente de formas terciárias basais. Não há registros fósseis de peixes habitantes de fendas marinhas.

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).


                                               



Estado de Conservação

Aparentemente não ameaçado.

                                             


Observações e Etimologia

O difícil estudo anatômico e comportamental das espécies abissais deve-se à variedade de pressões da água. Não se pode mergulhar ao seu habitat, pois o sangue do ser humano borbulha com a extrema pressão exercida. Ao retirar peixes abissais de seu habitat, com a falta de pressão que estão acostumados, estes acabam por explodir em pedaços. Chauliodus com o sulfixo odus (''dente''), referente à suas presas em forma de agulhões.




                                        


A bioluminescência, que é a capacidade de emitir luz, é outra estratégia. Tal ornamentação facilita a atração de presas e também de parceiros reprodutivos em potencial.

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