
Animais Mordedores
Neste grupo encontraremos seres marinhos com características agressivas e/ou hábitos predatórios, providos de poderosas mandíbulas com dentes afiados que podem causar graves ferimentos lacerocontusos e/ou mutilações ao ser humano, em um encontro casual ou provocado. Este grupo se restringe basicamente aos tubarões, barracudas, moréias e outros peixes menores capturados por pescadores.
Tubarões

São, seguramente, os seres marinhos mais temidos e respeitados em todo o mundo. Apesar de tal fama, apenas doze espécies ocorrentes no litoral brasileiro __ a maior incidência ocorre no norte e nordeste __, conforme os registros, apresentam real periculosidade para os banhistas, surfistas, pescadores e mergulhadores. Altamente instintivos e imprevisíveis, e com enorme capacidade de percepção proporcionada pela combinação de seus sentidos apurados, os tubarões são atraídos, e incentivados a atacar, por sangue, movimentos bruscos e descoordenados, barulhos, peixes feridos, cores berrantes e objetos metálicos brilhantes. No informativo no 3, onde foi publicada uma matéria específica e mais abrangente sobre os tubarões, pode-se encontrar maiores detalhes sobre os hábitos, o comportamento de ataque, o ataque de tubarões e, ainda, os ataques no litoral brasileiro (com algumas estatísticas). Usualmente a lesão provocada pelo ataque de um tubarão advém de uma única mordida, de formato parabólico com bordas irregulares (múltiplas incisões lineares crescentes), que pode apresentar-se como laceração e/ou compressão, de acordo com o tipo de tubarão agressor. Em função da força mandibular empregada pelo animal, os danos podem extender-se internamente no abdôme e tórax quando a mordida ocorrer no tronco. Qualquer mordida, independente do tamanho do tubarão, deve ser considerada grave devido às grandes dilacerações que provocam. A hemorragia proveniente do corte de grandes vasos ou danos em estruturas internas altamente vascularizadas induz o choque hipovolêmico e o conseqüente afogamento da vítima. De acordo com os registros, a mortalidade provocada pelos ataques de tubarão está situada entre 20 e 35%.
Barracudas

Solitárias quando adultas e em pequenos cardumes quando jovens, são encontradas nadando ativamente próximo da superfície, nas águas costeiras e oceânicas. São potencialmente perigosas para banhistas e mergulhadores devido à sua grande boca provida de enormes caninos pontudos. Ao contrário do tubarão, a barracuda não se intimida com a presença humana. Curiosas e destemidas, com freqüência aproximam-se de mergulhadores e pescadores submarinos, podendo acompanhá-los por horas. Objetos brilhantes, cores vivas, sangue, e movimentos bruscos e descoordenados dentro da água atraem a barracuda. Ao sentirem-se atraídas podem atacar rápido e ferozmente. Os ferimentos provocados pelas barracudas são diferentes dos causados pelos tubarões por apresentarem cortes formados por duas fileiras quase paralelas (em formato de "V"), enquanto os tubarões provocam ferimentos dilacerantes cuja forma é parabólica (formato curvo de suas mandíbulas). Apesar da diferença, a hemorragia provocada por sua mordida também pode ser bastante intensa, provocando dilacerações que mesmo sérias raramente são fatais. Um grande espécime, que pode atingir até 3 metros de comprimento e pesar 50 quilos, entretanto, pode amputar parte do corpo humano, como atestam alguns registros de ataque.
Moréias

De hábitos costeiros, em águas relativamente rasas com fundo coralino e/ou rochoso, permanece entocada durante o dia vigiando os arredores. Muito nervosa, é capaz de atacar e morder qualquer coisa que a perturbe. À noite, quando é mais ativa, sai de sua toca para procurar alimento. A moréia não sai de sua toca para atacar o homem. No entanto, quando um mergulhador se aproxima da entrada de sua toca, ela põe a cabeça para fora, com a boca aberta ameaçadoramente. Se o "intruso" não notá-la a tempo, poderá levar uma potente mordida. Os ferimentos causados pelas moréias são do tipo lacerante e denteado. A hemorragia pode ser grande e a infecção secundária é freqüentemente encontrada. Além das dilacerações provocadas, a ferida normalmente infecciona devido à enorme quantidade de bactérias existentes no material não digerido que permanece entre seus dentes fortes e cortantes.
PEÇONHENTOS
PEÇONHENTOS

Os animais peçonhentos estão abrangidos num grupo uito grande. Neste grupo encontraremos animais providos de mecanismos naturais de defesa que entram em ação apenas quando são importunados, não havendo a possibilidade de o homem ser passivamente atacado e inoculado com a peçonha, cabendo um esclarecimento a respeito da diferença entre peçonha e veneno. Peçonha: é uma substância qualquer de origem animal, produzida por uma glândula, capaz de alterar o metabolismo de outro animal quando inoculada. (Ex: peixes peçonhentos como o bagre, o mangangá e a raia.) Na verdade, quando uma pessoa morde uma outra, sua saliva pode atuar como uma peçonha, apesar de sua baixa agressividade. Veneno: é uma substância de origem animal, vegetal ou mineral. Porém, não é produzida por nenhuma glândula nem é inoculada naturalmente. Os peixes venenosos são aqueles que produzem envenenamento, ou intoxicação, quando ingeridos ainda frescos, pois apresentam secreções tóxicas em seus organismos. (Ex: baiacu.) As conseqüências ocasionadas por uma peçonha estão diretamente correlacionadas à sua potência, quantidade inoculada, e peso e condições físicas da vítima. Provocam desde uma simples irritação à reações de extrema dor. Embora raros, os casos fatais advém, em grande parte, do choque e posterior afogamento. Assim, é importante retirar a vítima da água imediatamente após o ocorrido. De uma forma geral, não deve-se tocar, manusear ou importunar os seres marinhos desconhecidos, evitando-se os animais com formas e, principalmente, cores exóticas, que é a sinalização da natureza para o perigo. No grupo dos invertebrados marinhos peçonhentos encontraremos vários animais distribuídos em diversos ramos, como os poríferos (esponjas), os celenterados (caravelas, águas-vivas, corais, etc), os equinodermos (ouriços), os moluscos (conus e polvos) e os anelídeos (poliquetas). Os vertebrados marinhos peçonhentos são representados por algumas espécies de peixes, como o mangangá e o bagre.


ESPONJAS
Essencialmente marinhas, dos mares árticos até os tropicais, vivem desde a linha de maré baixa até profundidades de 6.000 metros. Incapazes de movimento e com o aspecto semelhante ao de várias plantas, apresentam o corpo poroso com formato e coloração variados e tamanhos que vão de 1 mm a 2 m de diâmetro. Fixam-se a rochas, conchas e outros objetos sólidos. Apresentam um esqueleto de sustentação formado de fibras irregulares de espongina, escleroproteína contendo enxôfre, daí o odor desagradável após algum tempo fora da água , combinadas com espículas calcárias (esponjas calcárias) ou silicosas (esponjas de vidro). A título de curiosidade, a esponja comercial, usada no banho, é o esqueleto flexível (espongina) de uma esponja marinha com todas as partes vivas retiradas. Em algumas espécies, mais evoluídas, as espículas estendem-se para fora da superfície do corpo produzindo uma aparência cerdosa. Seu epitélio externo, formado por células finas e chatas, pode secretar substâncias químicas irritantes (peçonha) para a pele humana. O resultado de um contato com as espécies mais perigosas, onde suas espículas penetram na pele com a conseqüente inoculação da peçonha, é uma dermatite desagradável e/ou dolorosa (reações alérgicas e/ou inflamatórias).
OURIÇOS Endêmicos em várias regiões do mundo, são encontrados principalmente nas áreas costeiras, como os costões e praias, em especial nas rochas, no lodo e na areia. O corpo, que na grande maioria tem de 6 a 12 cm de diâmetro (sem contar os espinhos), é esférico e sua superfície apresenta pés ambulacrários, utilizados na apreenção e locomoção, brânquias (pápulas pequenas e moles), pedicelárias e espinhos pontiagudos. Os espinhos são móveis e estão dispostos com relativa simetria, sendo um pouco maiores no equador e diminuindo para os pólos. Um espinho comum, formado por um único cristal de calcita, é afilado, ôco, quebradiço e não ap
resenta nenhuma glândula produtora de peçonha, mas pode possuir uma capa mucosa protetora contendo uma substância irritante. O contato brusco é acompanhado normalmente pela penetração do espinho na pele, produzindo desde uma ferida semelhante à ocasionada por uma "farpa" até uma lesão dolorosa e grave. As pedicelárias (pedúnculo longo e flexível cuja ponta apresenta três mandíbulas opostas e articuladas), características de todos os ouriços, apresentam-se de vários formas. O tipo mais perigoso, chamada de globífera, possui glândulas de peçonha __ sua função principal é a defesa. As mandíbulas são rodeadas por sacos de peçonha e, após cravá-las em algo, podem inocular sua vítima exercendo rápido efeito paralisante sobre pequenos animais. A penetração de espinhos na pele humana pode, nos casos mais sérios, ocasionar dor, edema e infecção. Uma picada de uma pedicelária pode produzir dor irradiada, parestesia e distúrbios respiratórios. A dor costuma diminuir após 15 minutos e desaparecer depois de uma hora. Felizmente, os acidentes com pedicelárias no Brasil são raríssimos.
OURIÇOS Endêmicos em várias regiões do mundo, são encontrados principalmente nas áreas costeiras, como os costões e praias, em especial nas rochas, no lodo e na areia. O corpo, que na grande maioria tem de 6 a 12 cm de diâmetro (sem contar os espinhos), é esférico e sua superfície apresenta pés ambulacrários, utilizados na apreenção e locomoção, brânquias (pápulas pequenas e moles), pedicelárias e espinhos pontiagudos. Os espinhos são móveis e estão dispostos com relativa simetria, sendo um pouco maiores no equador e diminuindo para os pólos. Um espinho comum, formado por um único cristal de calcita, é afilado, ôco, quebradiço e não ap

POLIQUETAS
São vermes segmentados, comuns ao longo da costa brasileira, encontrados nos fundos arenosos e rochosos, geralmente sob as pedras ou enterrados na areia. Podem medir de 0,10 a
1,50 metros de comprimento. A cabeça apresenta apêndices sensitivos (pequenos tentáculos) e uma faringe protrátil com duas mandíbulas contendo dentes córneos. Cada segmento do corpo possui um par de parapódios laterais chatos com dois lobos, cada um contendo um cirro e um feixe de diversas cerdas filiformes. As cerdas de algumas espécies, que podem ser longas e apresentar cores irradiantes, provocam reações urticantes ao penetrar na pele humana. Algumas espécies, tidas como predadoras vorazes, são capazes de infligir uma mordida bastante dolorosa. Porém, acidentes desse tipo são raros no Brasil e pouco comuns em outros países. No entanto, ainda não está definido se há e qual o tipo de peçonha envolvida na mordida desses animais. A penetração das cerdas de algumas espécies pode produzir inflamação, intenso prurido, edema, infecção e parestesia por alguns dias. Acredita-se que essas reações possam estar correlacionadas com a urina desses animais, já que abaixo de cada parapódio lateral há um nefridióporo. A pequena ferida provocada pela mordida pode tornar-se quente e edemaciada, permanecendo assim por um ou dois dias. O edema pode evoluir para parestesia e prurido.
CONUS

CONUS
Esses moluscos são encontrados junto aos fundos rochosos e/ou coralinos, em várias profundidades e por todo o litoral brasileiro. Seu corpo fica contido e enrolado dentro de uma única concha em espiral, cônica e assimétrica, medindo de 2 a 15 cm, com coloração bastante variada e exótica. Esses animais presentam duas estruturas características que são projetadas para fora da concha pelo lado mais fino desta: um tubo com formato de sifão, para "provar" a água e detectar suas presas, e uma probóscide (pequena tromba) para capturá-las. Esta última carrega
um peçonhento dente radular ou dardo __ pequena estrutura oca, com cerca de 1,5 mm de comprimento __ que é lançado e imobiliza pequenos peixes e outras presas menores. Momentos antes de lançá-lo, a peçonha é impulsionada para dentro do dardo. Esse é então liberado na faringe e levado para a probóscide para ser impelido em sua vítima. Quando importunado, o animal normalmente se retrai para dentro de sua concha. O perigo surge quando ele estende sua pequena tromba e inocula a peçonha neurotóxica através do dardo. A picada do conus pode produzir sinais e sintomas variados, de acordo com a espécie inoculadora. Geralmente há um prurido local, evoluindo para parestesia em todo o membro, podendo evoluir para ataxia, tremores, dispnéia e distúrbios sensoriais na motricidade e sensibilidade. A maioria das espécies é capaz de provocar um ferimento muitas vezes bastante doloroso. No entanto, apenas algumas espécies que habitam os oceanos Índico e Pacífico, são responsáveis por casos fatais.
POLVOS

POLVOS
São encontrados em grande parte do litoral brasileiro, desde as águas rasas às mais profundas. Habitam as tocas e rachas do fundo e, embora costumem rastejar por entre as pedras, podem nadar por meio de um sifão. Possuem a cabeça grande, com dois olhos notáveis e uma boca equipada com fortes mandíbulas córneas e rádulas, circundada por 8 tentáculos com numerosas ventosas. Costumam medir de 5 cm a 10 m de comprimento quando disten
didos. No entanto, as espécies maiores vivem a grandes profundidades, longe dos seres humanos. Os acidentes mais comuns são provenientes do enlaçamento dos seus tentáculos nos braços de um mergulhador. Deve-se, nesses casos, manter a calma e apertar a cabeça do polvo, o que interrompe sua respiração e faz com que ele abandone sua "equivocada presa". A mordida de um polvo, não muito comum, apresenta conseqüências bastante variáveis. Sua boca, provida de poderosas mandíbulas com rádulas em forma de "bico de papagaio", é capaz de morder com grande força. Ao morder, algumas espécies impregnam a vítima com sua saliva abundante que pode atuar como uma peçonha. Outras descarregam uma verdadeira peçonha com poder paralisante através das glândulas salivares. A mordida de um polvo apresenta-se normalmente como um ferimento puntiforme e pode ocasionar desde uma simples infecção até a morte (apenas duas espécies do Indo-Pacífico são potencialmente mortais). Em alguns casos ocorre a sensação inicial de queimação ou latejamento, com um desconforto localizado que depois pode irradiar-se para todo o membro. O sangramento é, freqüentemente, desproporcional ao tamanho da lesão. Pode, ainda, ocorrer edema, calor e hiperemia na área da lesão, porém a recuperação é quase sempre rotineira.

CELENTERADOS
Este ramo abrange os hidróides, plumas-do-mar, medusas, caravelas, águas-vivas, anêmonas-do-mar, corais e falsos corais. Os indivíduos podem ser solitários ou coloniais e apresentar-se de duas formas em seu ciclo vital: o pólipo, com corpo tubular onde a extremidade inferior é fechada e fixa e a superior apresenta uma boca central circundada por tentáculos moles, e a medusa, com corpo gelatinoso em forma de guarda-chuva ou sino marginado por tentáculos, boca na superfície inferior côncava e natação livre __ dependem, em grande parte, das correntes, ventos e marés para se locomover. O aparelho inoculador de peçonha é consti
tuido de uma bateria de células denominadas nematocistos. Cada nematocisto consiste de uma diminuta cápsula arredondada, preenchida de líquido, contendo um fio tubular enrolado que pode ser projetado para fora. Embora possam ocorrer em quase toda a epiderme do animal, são mais abundantes nos tentáculos. Existem quatro tipos diferentes de nematocistos. Dois são usados na locomoção e apreensão de alimentos, não apresentando perigo para o homem. Os outros dois, usados em conjunto para capturar suas presas, apresentam um líquido peçonhento (hipnotoxina) que pode provocar uma grande irritação e uma intensa sensação de queimadura, além de ser um potente agente paralisante do sistema nervoso. O tipo penetrante tem um longo tubo filiforme enrolado. Quando descarregado, o tubo explode para fora e perfura a pele, inoculando a peçonha. O tipo envolvente contém um fio curto e espêsso enrolado. Na descarga ele se enrola fortemente em tôrno dos pelos da pele. Ao coçarmos a pele, devido à ação do tipo penetrante, estouramos uma pequena bolsa que ele carrega e inoculamos ainda mais peçonha nós mesmos. O sistema de descarga é ativado através de reações involuntárias (estímulos químicos e físicos). Por isso, os nematocistos podem ser ativados mesmo após a morte do animal. Das milhares de espécies celenteradas, relativamente poucas são perigosas de forma efetiva. Descreveremos apenas aquelas capazes de causar algum tipo de lesão ao homem.
HIDRÓIDES e PLUMAS-DO-MAR

HIDRÓIDES e PLUMAS-DO-MAR

FALSOS CORAIS URTICANTES
São pólipos diminutos, coloniais e dimórficos, que se projeta
m através de póros em um exoesqueleto calcário maciço (carbonato de cálcio). Assemelham-se aos corais verdadeiros e são encontrados nos recifes tropicais até 30 metros de profundidade. Seus tentáculos são capazes de infligir lesões urticantes que variam de intensidade de acordo com a espécie envolvida. Algumas espécies ocorrentes em nossa costa e na costa da Flórida, conhecidas como "coral-de-fogo" possuem poderosos nematocistos capazes de provocar sérias lesões muito dolorosas.
ÁGUAS-VIVAS

ÁGUAS-VIVAS
Possuem os sexos separados e sua geração de pólipo é diminuta ou ausente. Apresentam o corpo gelatinoso, em forma de sino cúbico ou guarda-chuva, com pequenos tentáculos delicados e
marginais. Sua boca, no centro da superfície côncava inferior, é circundada por tentáculos orais contendo muitos nematocistos. Vivem nos mares tropicais e subtropicais, nas águas pelágicas e costeiras, e nas praias. Podem ocorrer isoladamente ou em grandes grupos __ principalmente nos ciclos sazonais de procriação, em áreas que são, em geral, conhecidas pelos habitantes locais e evitadas por motivos óbvios. Flutuam calmamente e, apesar de poderem se deslocar por contrações rítmicas, estão, em grande parte, à mercê das correntes e ondas. Durante as tempestades um grande número delas costuma ser lançado nas praias. Seu alimento, peixes e pequenos invertebrados, é capturado e paralisado pelos nematocistos dos tentáculos orais e conduzido para a boca. São exatamente esses tentáculos orais que provocam acidentes com o homem. Todas as águas-vivas são capazes de infligir algum dano, porém apenas algumas espécies são realmente perigosas e podem provocar lesões muito dolorosas e sérias. Em nosso litoral são muito comuns as espécies capazes de provocar pequenas lesões e dermatites dolorosas. As mais perigosas, pouco comuns, podem infligir desde as lesões moderadas (dor pulsátil ou latejante, porém raramente causando inconsciência) às lesões severas (dor intensa que pode levar à perda da consciência e ao afogamento). Os acidentes com as espécies muito perigosas, denominadas vulgarmente de vespas-do-mar, e que podem provocar, além de erupções lacerantes e dor lacinante, falência circulatória e paralisia respiratória, são mais raros em nossa costa.
São comuns em águas frias, possuem em seus tentáculos, células urticantes que em contato com o corpo disparam um filamento urticante que gruda na pele. Um outro parente da água viva bastante perigoso é a Caravela , comum em águas quentes do Nordeste, e que possui tentáculos que podem atingir 1m de comprimento. Sintomas: Dor, irritação e vermelhidão na pele, em alguns casos até parada respiratória, caso a pessoa seja muito sensível à substância, e tenha uma grande área do tórax atingida. 1º Socorros : Devemos retirar os tentáculos não esfregar ou coçar, lavar com água doce em abundância, aplicar álcool, vinagre, amônia ou solução de bicarbonato de sódio.
CARAVELAS

São comuns em águas frias, possuem em seus tentáculos, células urticantes que em contato com o corpo disparam um filamento urticante que gruda na pele. Um outro parente da água viva bastante perigoso é a Caravela , comum em águas quentes do Nordeste, e que possui tentáculos que podem atingir 1m de comprimento. Sintomas: Dor, irritação e vermelhidão na pele, em alguns casos até parada respiratória, caso a pessoa seja muito sensível à substância, e tenha uma grande área do tórax atingida. 1º Socorros : Devemos retirar os tentáculos não esfregar ou coçar, lavar com água doce em abundância, aplicar álcool, vinagre, amônia ou solução de bicarbonato de sódio.
CARAVELAS
A caravela é uma col
ônia flutuante formada por pelo menos quatro pólipos polimórficos. O pneumatóforo ou flutuador, que secreta gás para tornar a colônia flutuante, os pólipos nutritivos, que digerem o alimento, os pólipos defensivos, que apresentam longos tentáculos com muitos nematocistos grandes e poderosos, e os pólipos reprodutores. Na espécie mais comum do Atlântico, o flutuador, usado como uma verdadeira vela, pode atingir até 30 cm de comprimento e mudar de forma por contrações. Seus inúmeros tentáculos, longos e transparentes, podem atingir até 30 metros de comprimento e conter até 80.000 nematocistos a cada metro. A caravela é uma das mais temidas criaturas que se pode encontrar flutuando na superfície da água nos mares quentes __ sua maior incidência, em nosso litoral, ocorre no outono e no inverno. Seus tentáculos são capazes de provocar acidentes com sérias lesões, grande irritação e intensa dor. Alguns podem ser fatais.
MEDUSAS

MEDUSAS
Possuem os sexos separados e sua geração de pólipo é reduzida ou ausente. Apresentam o corpo gelatinoso de tamanho médio, em forma de sino ou guarda-chuva, e tentáculos

ANÊMONAS-DO-MAR
São pólipos solitários, em forma de flor, com corpo cilíndrico curto, que habitam as águas rasas. Apesar de viverem fixas sobre o substrato marinho, são capazes de rastejar lentamente. Na extremida

CORAIS
O organismo individual do coral é um pólipo em forma de anêmona com tentáculos curtos. Existem quatro tipos básicos de coral. Os corais pétreos, que vivem em uma taça pétrea com elevações radiais em colônias densas que produzem os corais calcários e os recifes coralinos nas águas relativamente rasas dos mares tropicais, os corais moles, que são pólipos com as partes inferiores fundidas em uma mas

Existem em todo mundo uma grande quantidade de corais, dos mais variados, tipos e formas. Ha uma determinada espécie conhecida como coral de fogo, só encontrada na barreira de corais da Austrália que possui uma substância urticante semelhante a das água vivas. No nosso litoral o único perigo que os corais podem causar ao mergulhador são cortes ao contato . Sem uma devida proteção de uma roupa de mergulho e uma luva. OBS: E válido lembrar que o maior predador dos corais é o homem .
Os si

que ficam boiando na água. Assim, deve-se evitar a natação em locais habitados pelas águas-vivas e caravelas. Cobrir o corpo com óleo mineral, ou similar, pode ajudar a evitar apenas que os tentáculos grudem na pele. Ao remover os tentáculos de uma vítima, nunca use as mãos desprotegidas. Nematocistos ainda carregados podem inocular a peçonha nas mãos do socorrista e torná-lo outra vítima.
Traumatogenico
ARRAIAS-JAMANTA

AGULHAS E AGULHÕES
São peixes da classe Osteichthyes (famílias Exocoetidae e Belonidae, respectivamente, cada uma representada por seis espécies ocorrentes em nosso litoral), cujas características principais são as mandíbulas com formato de bico ou agulha. Costeiros e oceânicos, nadam próximo da superfície da água nos mares tr
opicais, subtropicais e temperados do mundo. A pesca comercial artesanal desses peixes implica em alguns riscos para os pescadores. No norte/nordeste do Brasil, à noite, os pescadores saem com seus barcos (usualmente jangadas) e ao chegarem no local da pescaria acendem seus lampiões e lanternas. Em pouco tempo começam a surgir os agulhas e agulhões, que, atraídos pela luz artificial, praticamente se entregam aos pescadores ao pular para cima do barco. Quem estiver na frente de sua trajetória poderá ser atingido em qualquer parte do corpo, inclusive a cabeça, e sofrer sérias lesões perfurantes que necessitarão, muitas vezes, de atendimento cirúrgico de urgência e, posteriormente, de cuidados a fim de evitar possíveis infecções secundárias.
CIRURGIÕES (Lancetas)

CIRURGIÕES (Lancetas)
Peixes da classe Osteichthyes (família Acanthuridae, gênero Acanthurus, representado por três espécies ocorrentes em nossa costa), cuja principal característica é possuir em amb

PEIXES-DE-BICO
São peixes da classe Osteichthyes (no litoral brasileiro são representados pelas famílias Xiphiidae, com uma

OUTROS PEIXES
Os peixes ósseos costumam possuir na estrutura de suas nadadeiras, em especial as ímpares (dorsal e anal), uma porção de raios duros (espinhos) capazes de perfurar a pele humana. Em alguns peixes esses raios duros/espinhos podem ser grandes, fortes e pontudos, tornando-se um sério perigo para aqueles que tentam segurá
-los ou dominá-los após a captura. Os pescadores de todas as modalidades e os aquariofilistas. Apesar de não haver o envolvimento de uma verdadeira peçonha, sempre existe a possibilidade de alguma reação alérgica devido à inoculação do muco que recobre a maioria das estruturas externas dos peixes. Lesões cortantes ou perfurantes, com os possíveis traumas e conseqüências inerentes, são razões suficientes para se pensar duas vezes antes de tentar agarrar um peixe com as mãos nuas sem saber fazê-lo da forma correta.
O tratamento das lesões cortantes ou perfurantes provocadas pelos diversos peixes descritos anteriormente visa aliviar a dor e evitar a infecção secundária. A dor é a resposta imediata à lesão e ao trauma produzidos pela penetração do espinho, potencializada pela possível introdução de substâncias estranhas na ferida, como areia, lodo e outras partículas, ou mesmo o muco característico de alguns peixes. Assim, como primeira medida, deve-se lavar bem a ferida, irrigando-a com soro fisiológico, água doce ou mesmo, como último recurso, água do mar. Procure, concomitantemente, remover todos os resíduos e materiais estranhos aderidos. É extremamente recomendável, logo que possível, banhar a região atingida com água quente, em torno de 45 a 50 oC, por 30 a 90 minutos ou até que a dor ceda. Pode-se adicionar sulfato de magnésio à água, devido às suas propriedades anestésicas. Se o ferimento for em um dos membro deve-se fazer imersão. Porém, se for no tronco ou na face é indicado o uso de compressas quentes no local. Após os banhos quentes, preconiza-se a injeção intravenosa de gluconato de cálcio a 10%, para aliviar os espasmos musculares, e a infiltração local de anestésicos (lidocaína ou procaína a 2%) para debelar a dor. Não havendo resultados satisfatórios, o uso de analgesia narcótica (demerol I.V. ou I.M.) poderá ser instituído. Em seguida deve-se, dando prosseguimento ao tratamento, debridar a ferida, reconstituir cirurgicamente os danos teciduais, colocar drenos e aplicar curativos assépticos. Evite a sutura com fechamento da ferida. Nos casos de ferida aberta de grande tamanho utilize somente a aproximação, para seu fechamento por segunda intensão (após quatro ou cinco dias). Se o tratamento local for instituído a tempo e de forma adeqüada, provavelmente não haverá necessidade da administração preventiva de antibióticos, porém a toxina antitetânica deve ter sua aplicação rotineira. Havendo infecção da ferida, o uso do antibiótico é necessário. Como não há, até o momento, conhecimento preciso dos tipos de germes envolvidos, deve-se utilizar antibióticos de largo espectro. O tempo de uso varia de 7 a 21 dias, dependendo do caso.

O tratamento das lesões cortantes ou perfurantes provocadas pelos diversos peixes descritos anteriormente visa aliviar a dor e evitar a infecção secundária. A dor é a resposta imediata à lesão e ao trauma produzidos pela penetração do espinho, potencializada pela possível introdução de substâncias estranhas na ferida, como areia, lodo e outras partículas, ou mesmo o muco característico de alguns peixes. Assim, como primeira medida, deve-se lavar bem a ferida, irrigando-a com soro fisiológico, água doce ou mesmo, como último recurso, água do mar. Procure, concomitantemente, remover todos os resíduos e materiais estranhos aderidos. É extremamente recomendável, logo que possível, banhar a região atingida com água quente, em torno de 45 a 50 oC, por 30 a 90 minutos ou até que a dor ceda. Pode-se adicionar sulfato de magnésio à água, devido às suas propriedades anestésicas. Se o ferimento for em um dos membro deve-se fazer imersão. Porém, se for no tronco ou na face é indicado o uso de compressas quentes no local. Após os banhos quentes, preconiza-se a injeção intravenosa de gluconato de cálcio a 10%, para aliviar os espasmos musculares, e a infiltração local de anestésicos (lidocaína ou procaína a 2%) para debelar a dor. Não havendo resultados satisfatórios, o uso de analgesia narcótica (demerol I.V. ou I.M.) poderá ser instituído. Em seguida deve-se, dando prosseguimento ao tratamento, debridar a ferida, reconstituir cirurgicamente os danos teciduais, colocar drenos e aplicar curativos assépticos. Evite a sutura com fechamento da ferida. Nos casos de ferida aberta de grande tamanho utilize somente a aproximação, para seu fechamento por segunda intensão (após quatro ou cinco dias). Se o tratamento local for instituído a tempo e de forma adeqüada, provavelmente não haverá necessidade da administração preventiva de antibióticos, porém a toxina antitetânica deve ter sua aplicação rotineira. Havendo infecção da ferida, o uso do antibiótico é necessário. Como não há, até o momento, conhecimento preciso dos tipos de germes envolvidos, deve-se utilizar antibióticos de largo espectro. O tempo de uso varia de 7 a 21 dias, dependendo do caso.
Venenosos
Enquadram-se neste grupo, os animais capazes de provocar algum tipo de envenenamento quando ingeridos ainda frescos, pois podem apresentar secreções venenosas em seus organismos ou conter substâncias químicas venenosas (toxinas) acumuladas em sua carne. É interessante salientar a diferença entre peçonha e veneno. PEÇONHA: é uma substância qualquer de origem animal
, produzida por uma glândula, capaz de alterar o metabolismo de outro animal quando inoculada. (Ex: peixes peçonhentos como o bagre, o mangangá e a raia.) VENENO: é uma substância de origem animal, vegetal ou mineral. Porém, não é produzida por nenhuma glândula nem é inoculada naturalmente (Ex: peixes venenosos como os baiacus.) Não deve-se confundir o envenenamento aqui referido com a intoxicação alimentar. Problemas gastrointestinais que costumam ocorrer quando se ingere algo que não está fresco e contém bactérias (na maioria dos casos provocada por contaminação secundária devido às más condições de conservação), e que um correto cozimento conseguiria, muitas vezes, evitar o problema. Não é fácil, entretanto, determinar com exatidão quando e quais animais podem estar venenosos, pois o problema não se restringe apenas a grupos facilmente indentificáveis ou mesmo a uma época do ano. Algumas espécies podem apresentar toxidade sazonal, enquanto outras só se tornam venenosas após consumirem ou se exporem à substâncias ou organismos venenosos. Além disso, os animais envenenados não são percebidos pela visão, tato ou olfato. O melhor procedimento para evitar o envenenamento por seres marinhos é conhecer e informar-se a respeito dos costumes e experiências locais, ainda que esse não seja um método preventivo infalível. 
As conseqüências provocadas por um envenenamento estão diretamente correlacionadas com a quantidade do veneno ingerido, sua toxidade e com o peso e as condições físicas da vítima. Fazem parte deste grupo algumas espécies de moluscos, crustáceos e peixes que podem ser ou estar venenosos, de forma ocasional ou permanente.


As conseqüências provocadas por um envenenamento estão diretamente correlacionadas com a quantidade do veneno ingerido, sua toxidade e com o peso e as condições físicas da vítima. Fazem parte deste grupo algumas espécies de moluscos, crustáceos e peixes que podem ser ou estar venenosos, de forma ocasional ou permanente.
MOLUSCOS BIVALVES

Ostras, mariscos, mexilhões, vieiras e outros moluscos bivalves (Filo Mollusca, Classe Pelecypoda), apesar de consumidos regularmente e em larga escala com bastante segurança, podem, de forma ocasional, em função do local onde vivem e da época do ano, estar envenenados. Através da filtragem da água que passa pelo local onde vivem, esses animais retêm pequenas partículas e micro-organismos planctônicos que lhes servem de alimento. Nesse processo, as substâncias poluentes e nocivas são retidas e vão aos poucos acumulando-se em seu organismo, sem provocar-lhes, porém, qualquer problema, pois são, quase sempre, imunes aos seus efeitos diretos e sobrevivem para passar a toxina aos animais que os devoram. Devido a esse hábito alimentar os moluscos bivalves podem ser contaminados, tornando-se venenosos ao consumo humano, em função de duas circunstâncias ambientais básicas: a poluição das águas e a proliferação exagerada de microalgas planctônicas que produzem toxinas. A poluição dos mares, baías e estuários, provocada pela emissão "in natura"de lixo e esgotos industriais e residenciais contendo metais pesados, coliformes fecais, bactérias patogênicas e outras substâncias nocivas, é



CIGUATERA
É o envenenamento provocado pela ingestão da carne de várias esp


A vítima normalmente percebe os primeiros sintomas da ciguatera, desde uma leve sensação de formigamento ou coceira na boca até a paralisia muscular, dentro das primeiras doze horas após a ingestão da carne

ESCOMBRÍDEOS
É o envenenamento provocado pela ingestão da carne de apen



GEMPYLÍDEOS

É o envenenamento provocado pela ingestão da carne dos peixes da família Gempylidae. Ainda assim, a espécie da família mais implicada com esse tipo de intoxicação é a Enchova-preta (Ruvettus pretiosus). Esse tipo de envenenamento, ainda pouco estudado, costuma provocar uma diarréia moderada que pode ser controlada com os medicamentos adeqüados. Acredita-se que este descontrole intestinal seja uma resposta do organismo humano à constituição oleosa da carne dos peixes dessa família.
TETRAODONTÍDEOS (Baiacús)

Entretanto, existem trabalhos que atestam que sua toxidade varia de acordo com a época do ano. No verão, não costumam ser tóxicos, mas no inverno, podem apresentar alto grau de toxidez. É importante citar duas espécies de baiacu de pequeno porte, com ocorrência bastante comum em quase todo o litoral brasileiro (são mais raros na região sul), muito perigosas para o consumo humano; o Baiacu-pinima (Sphoeroides spengleri) que possui uma carne seriamente tóxica e o Baiacu-mirim (Sphoeroides testudineus) cuja carne, letalmente tóxica, é utilizada como veneno para o sacrifício de animais doentes. A importância desta citação específica, é que essas duas espécies são pescadas com freqüência pelos pescadores amadores. Na intoxicação pequena a moderada, a tetrodotoxina pode provocar desde um leve formigamento na boca até a queda da pressão sangüínea, com a conseqüente perda da força física. A fala e a respiração podem ser comprometidas. O entorpecimento, a dor de cabeça e os problemas gastrointestinais também são comuns nestas situações. Nos casos mais graves, a tetrodotoxina provoca a sindrome da paralisia neuromuscular, nas mais severas formas. A toxina age bloqueando a ação normal do sistema neural e das células cardíacas e a morte pode ocorrer devido ao calapso cardiorrespiratório. Os problemas neurais começam freqüentemente com contrações musculares e podem progredir para a paralisia total. Nesses casos, a vítima fica imóvel (paralisada) mas com plena consciência de tudo que está acontecendo.
Letrogenicos
São apresentados alguns peixes que não atacam o homem, defendem-se dele instintivamente, possuem orgãos especializados que produzem descargas elétricas. O choque gerado por tais seres pode provocar, fora um bom susto, algum tipo de dano ao ser humano. A eletricidade é uma importante constituinte na atividade metabólica de todos os seres vivos. No entanto, a corrente elétrica gerada pelo metabolismo da maioria dos seres costuma ser tão pequena que só pode ser detectada por instrumentos de laboratório extremamente sensíveis. Nos animais
terrestres, o ar atua como um bom isolante e as pequenas descargas são difíceis de serem detectadas a qualquer distância de seu corpo. No caso dos peixes elétricos, seus orgãos especializados descarregam eletricidade através da água, à voltagens relativamente altas, para deixar suas presas aturdidas ou mesmo para protegê-los de seus predadores. Existem cerca de 250 espécies de peixes em todo o mundo com orgãos elétricos especializados capazes de produzir choque elétrico. Muitos outros são, ainda, capazes de usar as correntes elétricas como um mecanismo de detecção de outros peixes ou objetos. Dentre os vários peixes marinhos que possuem orgãos elétricos, os mais significativos, em termos de ameaça ao homem, são as arraias elétricas e os mira-céus. Aqui abordamos apenas os peixes marinhos, mas não poderiamos deixar de citar a existência de peixes de água doce mais perigosos ocorrentes no Brasil que são os poraquês, enguias elétricas e alguns bagres, dos quais oportunamente trataremos.
ARRAIAS ELÉTRICAS

ARRAIAS ELÉTRICAS
Duas famílias de arraias elétricas possuem representantes em nosso litoral. A família Torpedinidae, com duas espécies do gênero Torpedo, e a família Narcinidae, com três espécies dos gêneros Diplobatis,
Discopyge e Narcine. As arraias elétricas vivem em todos os oceanos temperados e tropicais do planeta e são os mais importantes membros desse grupo dos seres eletrogênicos. Embora possam ser encontradas em profundidades medianas, são, na sua maioria, arraias costeiras de águas rasas. Péssimas nadadoras, quando não estão enterradas na lama ou na areia do fundo, onde passam grande parte do dia, movimentam-se de forma bastante lenta. Todas as espécies possuem o corpo com formato de disco, sendo a cauda e a nadadeira caudal bem desenvolvidas. A descarga elétrica é uma simples reação involuntária de reflexo do animal. Com um choque contínuo ou vários repetidos, a energia acumulada se esgota. Para recuperá-la, as rais elétricas necessitam descansar por algum período. A voltagem produzida, que varia de acordo com a espécie, pode alcançar de 8 a 220 volts. As espécies mais perigosas, dos gêneros Diplobatis e Torpedo, podem produzir descargas acima de 200 volts. Os gregos, grandes conhecedores das arraias do gênero Torpedo, as denominavam "narke" __ um termo do qual derivou as palavras narcótico e narcose. Muitos médicos da antiga Roma usavam estas arraias para tratar seus pacientes com choque. A maior raia elétrica do nosso litoral é denominada Raia-torpedo (Torpedo nobiliana). Atinge 1,8 metros de comprimento e seu dorso é marrom-escuro e o ventre branco. Devido ao seu grande porte, pode produzir uma descarga de até 220 volts, bastante perigosa para o homem, apesar de não haver registros de acidentes sérios. A espécie mais comum do litoral brasileiro e de boa parte da costa das Américas, chamada vulgarmente de TREME-TREME, é de pequeno porte (seu comprimento não passa de meio metro) e produz uma descarga que oscila entre 14 e 37 volts. O dorso é claro, do cinza ao marrom, com manchas marrom-escuras alongadas, e o ventre branco. Seus orgãos elétricos, que correspondem a 1/6 de seu peso total, estão localizados na parte frontal do corpo e são mais visíveis na região ventral __ um orgão de cada lado do disco, geralmente com formato de um grão de feijão. Cada orgão é subdividido em várias unidades que correspondem a pequenas baterias. Cada unidade, por sua vez, consiste de fibras agrupadas em colunas hexagonais, banhadas por uma substância gelatinosa transparente que funciona como eletrólito. A polaridade dos orgãos é positiva na superfície dorsal e negativa na ventral. A descarga elétrica, que é liberada simultaneamente pelos dois orgãos quando algo toca a pele da raia elétrica, é utilizada tanto como meio de defesa contra seus predadores, quanto como arma de ataque às suas presas. Seus choques paralizam-nas instantaneamente, dando-lhe tempo suficiente para dominar e devorá-las. É essa raia (Treme-treme) que é muito pescada pelos pescadores amadores brasileiros e que dá bons sustos nos "novatos" . Como todo choque elétrico, a descarga produzida pelas arraias elétricas também pode provocar, em função da espécie e, conseqüentemente, de sua voltagem, e dependendo do local e do tamanho da pessoa atingida, desde bons sustos seguidos de muita adrenalina até sérias queimaduras. Dependendo da espécie e de seu tamanho, o contato físico com uma raia elétrica descansada, com plena carga, como as do gênero Torpedo, pode produzir um sério choque elétrico. A descarga é capaz de nocautear um homem adulto e torná-lo incapacitado temporariamente.
MIRA-CÉUS

MIRA-CÉUS
Esses pequenos e carnívoros peixes elétricos, da família Uranoscopidae, possuem dois representantes de um único gênero em nosso litoral. São espécies costeiras de águas rasas e habitam quase toda a costa americana do Atlântico. Possuem a grande cabeça, com formato de cubo, onde situa-se a boca quase vertical e os pequenos olhos na superfície dorsal e plana. Seu corpo, com no máximo 40 cm de c

Nos Recifes
Nos recife tem muitas espécies de vida marinha que pode ser potencialmente fatal para humanos. Abundam os perigos que você deve
saber antes de se aventurar. Listamos alguns aqui.
Como a maioria dos perigos, se você tomar as devidas precauções e estão cientes deles, você pode tomar medidas para minimizar o impacto do perigo e ainda desfrutar de toda a beleza maravilhosa do recife. As especializada irá tomar todas as precauções necessárias para assegurar que você tenha um dia seguro e gratificante para fora do recife.

Como a maioria dos perigos, se você tomar as devidas precauções e estão cientes deles, você pode tomar medidas para minimizar o impacto do perigo e ainda desfrutar de toda a beleza maravilhosa do recife. As especializada irá tomar todas as precauções necessárias para assegurar que você tenha um dia seguro e gratificante para fora do recife.
Irukandji Jellyfish
Ao contrário Chironex fleckeri (Box Jelly Fish), Irukandji são encontrados principalmente em águas mais profundas do recife,
embora possam ser varrido pela pesca costeira correntes prevalecentes. Divers and snorkellers are particularly at risk. Mergulhadores autónomos e livres estão particularmente em risco.

Box Jelly Fish

Blue Ringed Octopus
Com um bico que pode penetrar um terno molhado, eles são uma
pequena criatura cute definitivamente olhar, mas não se tocam. O polvo de anéis azuis é o tamanho de uma bola de golfe, mas seu veneno é poderoso o suficiente para matar um ser humano adulto em poucos minutos. Não há antídoto conhecido. Residindo em piscinas naturais e corais, anéis o polvo anel azul »acenderá" um elétrico azul quando provocado ou está na defesa. Isto é, quando é mais perigoso, especialmente para as crianças, como parece muito bonito e inofensivo.

Cone Shells
Conchas Cone aparência muito bonita, mas vários tipos são conhecidos por serem muito perigosas para os seres humanos. O veneno de algumas contém os mais potentes neurotoxinas conhecidas pelo homem.

Lion Fish
Lion-fin peixes têm espinhos venenosos que podem produzir perfurações dolorosas. Mortes, no entanto, são raros. Os peixes têm espinhos da nadadeira dorsal alongada e alargada nadadeiras peitorais, e para cada espécie tem um padrão de zebra, como listras.
Stone Fish
Com 13 espinhas dorsais que liberam uma toxina venenosa quando
pressionado, o peixe pedra pode infligir dor excruciante e morte possível para os incautos. Eles moram em pedregosos, áreas de fundo lodoso. Visitantes caminhando sobre as praias (especialmente na maré baixa) deve sempre usar sapatos cobertos com uma sola resistente.
Com 13 espinhas dorsais que liberam uma toxina venenosa quando

Sea Snakes
Aproximadamente 15 espécies de serpentes marinhas podem ser
encontradas no recife. Todos eles produzem letal veneno. Tendo presas pequenas, elas não são normalmente agressivos. Não têm sido relatados óbitos por serpentes marinhas, porém ainda assim devem ser tratados com respeito.
