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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

APOSEMATISMO, CAMUFLAGEM E MIMETISMO


APOSEMATISMO

Aposematismo, ou sinal de advertência aos predadores, é uma característica adaptativa utilizada por animais e alguns vegetais como mecanismo natural, revelando através de cores vivas e acentuadas pelo corpo, o seu potencial de defesa por meio de peçonha ou substâncias nocivas sintetizadas e secretadas pelas presas, inalando ou exalando “veneno” quando em situação de perigo. Entre as cores, as que mais se destacam são: a vermelha, a amarela, a verde, a azul e a preta juntamente ao branco, recobrindo a superfície corporal de um animal de forma uniforme com apenas uma destas cores, ou formando variações a partir de combinações entre elas: - Vermelho, preto e amarelo - Vermelho e amarelo - Vermelho e preto - Preto e branco.ou simplesmente cores vibrantes uniformes por todo o corpo. Exemplos dessas cores são o amarelo, vermelho, verde e azul. Uma presa com este recurso causa alerta ao seu predador, que até mesmo desiste de um provável ataque. Evolutivamente os organismos predadores passaram a evitar esses animais, identificando os riscos provocados quando os ingeriam, tendo que regurgitá-los. O caso mais representativo pode ser evidenciado pelo padrão de coloração da cobra-coral verdadeira (Gênero Micrurus), e também copiado (mimetização) pelas cobras-corais falsas, que aproveitam desta circunstância para escaparem dos predadores. Exemplos: salamandra-de-fogo, rãs tropicais, cobra coral falsa, cangamba




o Peixe linguado vive em fundos de areia, lodo ou cascalho, usando o mimetismo para se camuflar contra os predadores. Alimentam-se de crustáceos e moluscos.


MIMETISMO
A existência de características morfológicas nas espécies pressupõe, em primeira análise, uma forma de comparação de indivíduos da mesma espécie, grupo ou família, embora existam casos em que morfologicamente possam haver algumas excepções.Dentro dessas características surgem sem duvida uma que é a que me suscita bastante interesse, o mimetismo e a sua ou comparação e semelhança com a camuflagem.



Solhas camufladas - Mares dos Açõres
apresenta excelente mimetismo com o fundo. Exemplo: bagres, linguados, trilhas, mangangás, alguns cações e a maioria das raias.

Semelhante à camuflagem, só que ao invés de se parecerem com o meio, os animais que praticam o mimetismo tentam se parecer com outros animais, com intuito de parecer quem não é.

Mimetismo de Defesa

A raia fica quietinha no fundo
Este comportamento constitui um método

de defesa bastante eficaz,
tornando o animal confundível com o substrato
e praticamente invisível aos olhos
de predadores e de mergulhadores pouco atentos.


Batesiano: os animais tentam se parecer com outros de espécies diferentes que têm gosto ruim ou são venenosos. Como exemplo, algumas abelhas têm desenhos parecidos com corujas em suas asas. A cobra falsa-coral não possui veneno (na verdade, possui, mas raramente consegue utilizá-lo em razão da pequena abertura de sua boca), por isso tenta parecer-se com a coral verdadeira.


Mulleriano: Os animais se assemelham a outros animais que têm gosto ruim, e por isso seus predadores não os atacam. - Mimetismo de ataquePeckhaminano: os animais se misturam a outros parecidos, para se aproximar da presa. Exemplo: bútio, se aproxima do bando de outras aves para se aproximar da presa.

DEFINIÇÕES
Segundo algumas definições o mimetismo tende a ver com:- Capacidade que alguns animais têm de adquirirem ou tomarem a cor, forma ou configuração de objectos, meios ou animais;

Disfarce
Técnica de ocultação dos animais;- Imitação; Adaptação; Característico de espécies com pouca mobilidade, que em geral, costumam ficar em repouso por longos períodos;- Alteração consoante o meio.
O mimetismo anda em torno da alteração e mudança de cor de um individuo de uma espécie, e funciona como camuflagem predadora, camuflagem defensiva, acasalamento, reconhecimento ou sinal avisador de situações de perigo, penso também que o estado de espírito da espécie não racional se demarque na origem da cor e consequente mimetismo ou camuflagem.A cor é a meu ver o ponto chave de desenvolvimento, defesa e manutenção de uma espécie marinha, num meio ambiente que pode ser alterado de um momento para o outro, pelo simples facto de alterações climatéricas ou arribação de espécies para outros fundos ou zonas de costa diferentes. O mimetismo anda em torno da alteração e mudança de cor de um individuo de uma espécie, e funciona como camuflagem predadora, camuflagem defensiva, acasalamento, reconhecimento ou sinal avisador de situações de perigo, penso também que o estado de espírito da espécie não racional se demarque na origem da cor e consequente mimetismo ou camuflagem.A cor é a meu ver o ponto chave de desenvolvimento, defesa e manutenção de uma espécie marinha, num meio ambiente que pode ser alterado de um momento para o outro, pelo simples facto de alterações climatéricas ou arribação de espécies para outros fundos ou zonas de costa diferentes. A cor é a meu ver o ponto chave de desenvolvimento, defesa e manutenção de uma espécie marinha, num meio ambiente que pode ser alterado de um momento para o outro, pelo simples facto de alterações climatéricas ou arribação de espécies para outros fundos ou zonas de costa diferentes.
recorrem a um melhor meio de fugir ao seu predador, ou seja, poupando energia que seria gasta em vão ou não na sua fuga, enganando os olhos do seu predador. Segundo estudos todos os olhos são iludíveis, porque estão sujeitos ao que se chama ilusão de óptica, é precisamente nos defeitos da percepção que se baseiam os melhores truques do mimetismo na produção dos resultados quer defensivos, quer atacantes, de presas ou predadores.

CAMUFLAGEM
(ouriço)
Já a camuflagem tende basicamente duas características idênticas;- Encobrimento;- Disfarce. Alguns animais podem ter a capacidade de se camuflarem com o meio em que vivem para tirar alguma vantagem. A camuflagem pode ser útil tanto ao predador, quando deseja atacar uma presa sem que esta o veja, ou para a presa, que pode se esconder mais facilmente de seu predador. Existem dois tipos de camuflagem, a Homocromia, onde o animal tem a cor é a mesma do meio onde vive, e a Homotipia, onde o animal tem a forma de objetos que compôe o meio.

- Homocromia - Como exemplo, podemos citar os ursos polares, que têm o pêlo branco que confunde-se com a neve

- Homotipia

O bicho-pau, que tem forma de graveto e fica em árvores
que têm galhos semelhantes à forma de seu corpo.
AS CORES E SUAS TONALIDADES
Muitas espécies têm variadas cores e tonalidades formando desenhos, riscas, manchas e anéis, de forma a que esses desenhos tenham o efeito de “dividir” a forma do corpo, altera-lo ou redimensiona-lo, pois em muitos casos os desenhos reproduzem exactamente a sua ou outra forma, isto é, poderão ainda valorizar as suas cores e formas fazendo com que os animais fiquem bem mais visíveis alterando a sua forma e tamanho, provocando atenção ou medo quando ameaçado. Em casos de não hermafroditismo, isto é, quando a cor, tonalidade e o desenho são diferentes nos dois sexos, servem também para o reconhecimento sexual, identificando claramente o macho da fêmea.

APARECIMENTO DAS CORES
As cores dos animais devem-se a substâncias químicas denominadas pigmentos. O pigmento mais comum é a melanina, de cor castanho-escuro ou preta, que se encontra na pele e é responsável pelo que chamamos mudança de cor ou bronze, na altura em que frequentamos a praia no verão.A melanina é responsável por todos os “pretos” do mundo animal.A maior ou menor presença desse pigmento faz com que a pele humana seja mais ou menos escura.Outros pigmentos muito difundidos são os carotenos, (abundantes na cenoura), de cor amarela, alaranjada e vermelha. Comuns nos crustáceos e em outros animais marinhos.



IMITANDO O AMBIENTE (EXEMPLOS)
O polvo é o rei em mimetismo a sua cor imita o meio ambiente exactamente ao segundo conforme vai sendo alterada a cor dos locais por onde passa.



O cavalo-marinho imita as folhagens submarinas, a cauda enroscada nas algas, entre as quais se oculta






O peixe-escorpião ou rascasso, tem uma tonalidade avermelhada e a sua forma da cabeça é algo que o deixa praticamente invisivel quando está num meio identico á sua cor, isto é no meio de pedra e alga ou limo avermelhado.





O linguado imita o fundo de areia, e cobre o seu dorso com uma fina camada de areia mantendo apenas os olhos á superfície do fundo de areia.São muitos animais que recorrem a esta técnica. O importante para essas espécies é assumir a forma do ambiente, imitando as cores, ou mesmo assumindo a forma de uma pedra, areia, rocha, algas, etc.

IMITANDO OUTRAS ESPECIES
Nem todos os animais miméticos procuram esconder se, alguns, ao contrário, colocam-se bem à vista, assumindo a cor ou aparência de animais perigosos.Como por exemplo algumas espécies imitam com perfeição o aspecto de outras espécies perigosas, se imóveis já é difícil distingui-las, em movimento é impossível, pois a sua definição é bem mais difícil de comparar.Outro exemplo é as espécies que, para se proteger, assume o aspecto de espécies venenosas, que pertencem a outra família.

MUDANÇAS DE COR
Entre os animais miméticos, existem alguns que chegam a mudar de cor em função do ambiente em que se encontram. O “truque” só é possível porque abrigam sob a epiderme células especializadas contendo pigmentos de cores diferentes. Se o ambiente é verde, dilatam-se as células contendo pigmento esverdeado, enquanto as outras se contraem. O polvo é mais conhecido. A sua cor muda de acordo com o tipo de fundo no qual se encontra.

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O MIMETISMO

Mimetismo é a semelhança física ou de comportamento, geralmente adotada por uma espécie que imita a outra, com a intenção de se proteger de seus predadores. Os animais e plantas mais imitados são aqueles cujas características nocivas deixam uma impressão duradoura nos predadores. Ao invés de se esconder dos predadores por meio da camuflagem, as espécies que se mimetizam exibem os mesmos sinais ou comportamentos de advertência das espécies perigosas das quais imitam.
O mimetismo foi descoberto em 1862 pelo naturalista britânico Henry Walter Bates, que descobriu duas espécies distintas de famílias de mariposas nas selvas brasileiras. Ambas, mesmo não possuindo nenhuma ligação, apresentavam marcas similares. A partir daí, observou que uma das famílias de mariposas era venenosa para as aves, então, deduziu que as mariposas comestíveis haviam conseguido sobreviver desenvolvendo marcas de advertência similares as das mariposas venenosas. Tal conceito, o mimetismo de Bates, foi utilizado na demonstração da teoria da seleção natural de Charles Darwin. Segundo esta teoria, as aves desempenhavam o papel de agentes da seleção natural ao eliminar as mariposas comestíveis que eram menos parecidas com as mariposas venenosas.
Outra classe de mimetismo, chamada de mimetismo de Muller, encontra-se sobretudo em determinadas espécies de insetos. Estes insetos, apesar de serem igualmente venenosos, desenvolveram marcas similares para reduzir a mortalidade.
Exemplos
Encontram-se exemplos de mimetismo entre muitas plantas e animais diferentes, tais como: orquídeas, insetos, pássaros, lagartos, tubarões e escaravelhos venenosos.


Phromnia Rosea - Olhando rápido pode parecer que este tronco está com algum tipo de fungo ou frutas coloridas . Mas olhando bem você vai ver que são vários insetos ali. O segredo deste animais é sua organização quase militar em termos de posicionamento. Vistos a distância, eles parecem ser um único conjunto de folhas. Este animal é nativo das florestas de Madagascar.O interessante é que as ninfas deste inseto também são exímias peritas na arte do disfarce.



Olhando rapido pode parecer uma singela floração ou algum tipo de fungo parasita na árvore mas de perto vemos que se trata das ninfas do inseto e sua engenhosa camuflagem.






Bicho folha. (Phillidae) O nome já diz tudo, né? Nos EUA são chamados de folhas vivas. Esta família de insetos é bem vasta e variada, compreendendo animais que se assemelham a diversos tipos de folhas. A simulação chega a um grau de perfeição que as “folhas” contém lesões e recortes nas bordas, como uma folha de verdade que foi roída ou atacada por fungos. Muitos possuem requintes de camuflagem, como veios similares aos das folhas das árvores onde se escondem, cantinhos ressecados e até alguns animais da família Phillidae parecem folhas secas.





Outro mestre do disfarce é o Bicho-pau. (Phiblossoma phyllinum) Ele fica horas parado e geralmente passa batido. Seu corpo delgado e comprido engana bem como um pedaço de galho ou graveto sem folhas.




Você acha que isso é uma bacia cheia de gravetos? Não. è uma bacia cheia de bichos-pau






Inseto feio mas que se disfarça muito bem em troncos é o jequiranabóia amazônico. Basta olhar para este inseto para qualquer índio correr de medo. O troço tem cara de jacaré! Mas a verdade é que apesar da fama de assassino, este inseto é absolutamente inofensivo. São duas espécies que compartilham o nome e características principais, como a cabeça de cobra-jacaré. Eles são os Fulgora lanternaria e a Fulgora lampetis


As mariposas costumam se disfarçar em cascas de arvores para desaparecer. Alguns exemplos clássicos do mimetismo usam as mariposas como exemplos:

Lagartas também costumam ser eficientes na arte de sumir no mato. isso geralmente causa problemas pois muitas delas contém um veneno bastante forte que podem afetar o homem. Conheço casos de pessoas que encostaram em “taturanas” (Lonomia )e perderam os movimentos dos membros temporariamente em decorrência do efeito tóxico dos espinhos.

Veja como este inseto desaparece no meio de flores:


Outro inseto com incrível aparencia que podem literalmente sumir dependendo do tipo de vegetação em que se encontra é o Louva-Deus. Existem inúmeras variedades de Louva-Deus, como os que parecem flores acima e os que parecem folhas caídas e até mesmo aqueles que simplesmente são confusos demais para o predador reconhecer um padrão


Os grilos também costumam ser feras em se esconder. Tem um grilo enorme bem no meio desta

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

LAGOSTA


SUBCLASSE: Malacostraca
ORDEM: Decapoda
FAMÍLIA: Palinuridae

Nome em inglês: spiny lobster
Lagosta é um crustáceo que vive nos recifes de corais, onde se esconde durante o dia, saindo à noite para caçar. Varia muito em sua coloração, mas em geral lagostas de águas mais rasas têm cores mais claras que as que vivem em áreas mais profundas. Move-se lentamente pelo fundo usando seus cinco pares de patas, contudo, quando precisa deslocar-se com velocidade, nada de costas, usando sua poderosa cauda como forma de propulsão. Embora não possua pinças como os caranguejos, tem antenas espinhosas que usa para lutar e defender-se. Alimenta-se de forma diferente dependendo da fase de sua vida. As lagostas pertencem ao filo dos Artrópodes. Crê-se que o filo originou dos anelídeos primitivos (talvez semelhante ás poliquetas, visto compartilharem a metamerização do corpo que é segmentados). Pelos depósitos fosseis encontradas no Canadá e o Âmbar Báltico(plantas), crê-se que os artrópodes em geral surgiram no período Câmbrico Médio - há cerca de 550 milhões de anos. Actualmente este filo é composta por volta de 1 milhão de espécies activas, sedentários e parasitas, englobando a classe ou sub-filo dos crustáceos juntamente com as aranhas e os insectos, para além de vários grupos menores como os zooplantôn considerados crustáceos inferiores.


CARACTERÍSTICAS

Uma presença firme neste filo é o exoesqueleto, que é articulado para permitir o movimento, e é endurecido, não acompanhando o crescimento do animal, existindo assim mudas periódicas - processo chamado ecdise(do grego ekdysis , quer dizer: sair, evacuar...). Esse exoesqueleto é constituído sobretudo por um polissacárido chamado quitina, com ajuda de proteínas e reforçada com depósitos de sais de cálcio. O corpo dos artrópodes é constituído fundamentalmente por cabeça, tórax e abdomem, encontrando muitas vezes fundido um cefalotórax. Na cabeça(céfalo)os olhos que podem ser simples ou múltiplos(em regra forma imagens altamente ormenorizadas). Têm sistema nervoso simples, Composta por um «cérebro» dorsal e por um cordão ventral ,e vários gânglios. As lagostas juntamente com caranguejos e camarões e outros estão incluídos filogenéticamente dentro da classe malacostrata. A maioria respira por branquias , com sistema circulatório aberto(pigmento respiratório chamado hemocianina) sangue bombeado pelo coração dorsal banhando os tecidos. Sistema nervoso com vários receptores incluindo os olhos compostos no estado adulto, sendo as suas larvas(náuplius)possuidores de olho mediano, com fotoreceptores, havendo presença também de estátocistos(órgão de equilíbrio)e sedas tácteis nos apêndices, sendo órgãos especializadas para a respiração). As lagostas á semelhança de todos os crustáceos possuem a tal carapaça dura e inelástica , que pode ser considerado um esqueleto externo ou o exoesqueleto, constituída sobretudo pela mistura duma substancia denominada quitina (polissacarido estrutural) e proteínas, impregnada de sais carbonato de cálcio, dando-lhe assim a consistência rígida característica das lagostas.
No crescimento do corpo do animal, a carapaça deixa de lhe servir(devido á rigidez do exoesqueleto)e começando a ficar "apertado", o animal liberta-se da carapaça num curto espaço de tempo, sintetizando de seguida um novo exoesqueleto, o que equivale a dizer que durante esse período o corpo fica "mole" e desprotegido ficando vulneráveis aos inimigos e predadores.
As mudas são periódicas e dão-se 1 ou 2 vezes me média por ano nas lagostas adultas, dependendo das espécies. Nas fases larvar e juvenis, o numero de muda por ano é maior, decrescendo esse numero á medida que o animal cresce , resultando assim, numa diminuição da taxa de crescimento.
Em média a maioria das lagostas tem um crescimento de 2 -3 cm por ano.
Nas lagostas a muda é um processo continuo visto que nos crustáceos o crescimento é um processo continuo sem interrupções "break", por assim dizer muito diferente em outros artrópodes. Assim sendo as suas vidas são preparações constantes para uma nova muda. Na época da reprodução, o crescimento e a muda não acontece nas fêmeas(ovadas), acontecendo porteriomente. Conclui-se assim que a muda e a sua inibição estão sob controlo de hormonas. A taxa de crescimento larvar nas lagostas é determinada em função da temperatura da água , o que geralmente acontece com maior frequência entre os meses de Junho a Setembro , em especial nas regiões de água quentes.. Mas a variação do tamanho & crescimento e muda larvar pode ser influenciada por:
· luz
· salinidade
· genética da espécie
· parasitismo
· nutrição
· relacionamento social
· substrato
quantidade de água


REPRODUÇÃO

A dimensão a que atinge a maturidade sexual é dependente da latitude. Quanto mais para norte mais tarde se atinge a primeira maturação (há registos de animais maturos aos 21 cm em latitudes baixas e animais a atingir a maturidade sexual aos 35 cm, nas latitudes mais elevadas. Normalmente, uma fêmea matura terá pelo menos seis anos. O acasalamento dá-se no Verão, seguido da postura pouco tempo depois. A fecundidade das fêmeas é dependente do seu comprimento. Por exemplo, à mesma latitude um animal de 23 cm poderá pôr 13 mil ovos e porá 134 mil ovos quando atingir um comprimento de 34 cm. No máximo uma fêmea poderá pôr até 250 mil ovos. Estes números de ovos, no meio marinho, não são considerados muito elevados. A postura dá-se a seguir a uma muda do exosqueleto e as fêmeas não voltam a mudar até que os ovos tenham eclodido. Estes permanecem fixos aos apêndices abdominais durante a fase de incubação. As fêmeas no Atlântico estão ovadas entre Outubro e Março. A duração da incubação é dependente da temperatura da água. Nas latitudes mais baixas, a incubação dura 5 meses e nas águas de temperaturas menos elevadas poderá durar 9 meses. As larvas resultantes da eclosão, têm o nome de Filossomas, possuem 3 milímetros e são pelágicas planctónicas. Os animais passam à forma pós-larvar passado entre os 6 meses a um ano. Apesar de parecer muito longo, o período larvar de Palinurus elephas é um dos mais curtos da família Palinuridae, havendo espécies com um período larvar de cerca de um ano. As larvas têm um aspecto aplanado e transparente que em nada faz lembrar um animal adulto. Aliás, na maioria dos crustáceos, dadas as enormes diferenças morfológicas e diferentes subfases larvares, apenas os especialistas conseguem fazer a ligação entre as fases larvares e as adultas da maioria das espécies. No final da última fase larvar, já com um aspecto muito parecido com o de uma lagosta adulta, o animal passa a ter um comportamento bêntico. O crescimento, nas fases juvenil e adulto, é mais lento e o macho cresce mais rapidamente que a fêmea. Por exemplo, para um macho atingir um peso de 500 g terá de ter cerca de cinco anos, enquanto uma fêmea precisa de 6 anos. Tem uma grande longevidade, podendo atingir uma idade estimada em 14 anos. As mudas dão-se com intervalos de 15 dias nos animais que acabam de chegar ao fundo, mas com a idade, a necessidade de mudar diminui, até que os indivíduos mais velhos, de crescimento mais lento, mudam apenas de ano a ano. Após uma muda, e até que o novo esqueleto externo tenha solidificado (o que demora várias horas), estes crustáceos são especialmente sensíveis a agressões exteriores como, por exemplo, a predação. Para restabelecer os níveis de cálcio necessários à solidificação da nova carapaça, é habitual as lagostas alimentarem-se da antiga carapaça. O crescimento lento, com taxa de reprodução moderada e grande longevidade, classifica as lagostas como possuindo uma estratégia ecológica do tipo “k”. Ao contrário, os animais do tipo “r”, como os insectos, possuem baixa longevidade, taxas de reprodução elevadas e crescimento muito rápido. Estes conceitos de estratégia ecológica foram muito utilizados para ajudar a propor medidas de gestão e protecção no passado. Era uma simples regra de bom senso que as espécies com estratégia ecológica do tipo “k” necessitassem de mais atenção por parte das entidades gestoras e ligadas à conservação da natureza.

ALIMENTAÇÃO

É carnívora na fase larval, quando come outros pequenos animais. Na idade jovem ou adulta é oportunista, comendo praticamente qualquer animal ou planta que possam apanhar. Parece, no entanto, preferir moluscos e pequenos crustáceos. Sua dieta consiste principalmente em animais mortos. A alimentação é variada, incluindo algas, esponjas, briozoários, anelídeos (poliquetas), moluscos, ouriços, crustáceos e, excepcionalmente, peixes. A lagosta pode alimentar-se de bivalves, conseguindo quebrar as suas conchas. Também não desprezam a alimento morto (o que é utilizado pelos pescadores para as atraírem). Várias espécies de peixes (como o peixe-porco) e cefalópodes (como o polvo) são predadores das lagostas. Seu habitat pode ser locais de vegetação ou áreas rochosas, desde que exista abundância de moluscos e anelídeos. Durante o dia, permanece em seu abrigo (cavidade de rochas, corais ou emaranhados de algas), com o corpo oculto e antenas estendidas. À noite, sai em busca de alimento, retornando ao abrigo de manhã. Quando ameaçada, a lagosta dobra o abdomem, com a nadadeira caudal aberta em leque, ao mesmo tempo em que mantém as patas e antenas orientadas para a frente, facilitando assim um rápido deslocamento.

Ecdise

A hora da ecdise é caracterizada no estado E(no quadro mais para frente), considerado uma breve interrupção no processo duma vida normal. É a hora de uma alta taxa metabólica nas lagostas. Importante reter que mais de metade da vida das lagosta é ocupada na preparação para mais um marcável evento(ecdise). Nos Homarus, a pré-muda pode levar meses, e antes do fim pode levar dias ou até semanas. Isso é essencial para o normal metabolismo , agilidade do animal no momento da muda. As funções e os controlos neuro-musculares serão transmitidas progressivamente do velho para a nova carapaça. A evolução dessa transmissão nas lagosta é acompanhada e influenciada pela eficácia em manter um alto nível, mas coordenada com a sua actividade metabólica. Só depois da membrana tórax e do abdomem "descolarem" e a velha carapaça estar totalmente separada do abdomem , a lagosta imobiliza, esconde visto estar vulnerável(no caso dos Homarus passa este curto período de 15 min em segurança) A mudança da carapaça acontece aos mínimos pormenores(até os pequenos espinhos do exoesqueleto, pigmentos, antenas , armaduras bucais etc...), e se durante a muda perder alguma peça do corpo será regenerada posteriormente, contudo na ecdise existe um potencial, de ocorrer um erro qualquer. O problema do cálcio, em relação á nova carapaça foi solucionado pelo animal visto que nesses momentos animal consome muita água contendo logicamente sais de cálcio. É possível através das câmaras branquiais, onde vai ajuda a expulsar a velha carapaça, sendo essa água transferido para o sangue , pelas fissuras dos corpo em especial para as glândulas e os músculos do animal. Também minerais são removidos da carapaça que vai ser mudada (visível nas carapaças velhas nas praias, zona duma maior despigmentação feito pelo animal antes da muda), armazenando-os em forma de cristal nas paredes gastrolíticas no estômago, no momento da muda. Ainda no momento da muda sistemas internos do animal que estão ligados á carapaça caem, onde o sistema digestivo sofre algumas modificações. Á a dissolução de alguns ossiculos ficando misturados com o sangue e a linfa, onde posteriormente á ecdise são novamente separados.

Importante salientar que durante o processo da ecdise á uma alta taxa metabólica, e devido á imobilidade temporária do animal e também devido flacidez das armaduras bucais, uma pequena escassez e incapacidade alimentar pode ser fatal visto fazer falta para o metabolismo da respiração, que no momento é altamente cutícular , levando o animal alguns dias para repor as taxas normais do seu catabolismo e anabolismo. Regra geral é que o endurecimento da carapaça é mais duradoira quando mais velho for o animal. O momento da muda pode levar de minutos, á meia hora dependendo do tamanho do animal. Pouco tempo depois vê-se pelas armaduras que o animal cresceu(mesmo que seja pouco)e que a muda foi uma necessidade.


HABITAT

É uma espécie demersal, que prefere os substractos rochosos com algas. Durante o dia refugia-se em cavidades mal iluminadas. Prefere as cotas dos 20 aos 70 metros de profundidade, mas pode ocupar profundidades entre os 5 até aos 160 metros. Nos meses de Inverno ocupa as maiores profundidades.
É um animal considerado emblemático no Mediterrâneo (mais comum em Itália e França que na Grécia e Líbia), embora se distribua pelo Atlântico Nordeste, desde o Cabo Bojador até ao Sul da Noruega, incluindo o Mar Mediterrâneo e parte setentrional das Ilhas Britânicas, mas excluindo o Mar do Norte. Habita também as Ilhas Canárias, Madeira e Açores. As lagostas tem uma grande tolerância a mudanças bruscas de temperatura, com taxa(variação)até 16ºC, podendo ir até 21ºC(Mcleese). As lagostas sendo ectotérmicos a elevação da temperatura ambiental, eleva também a taxa metabólica influenciando assim a indução hormonal para a época de desova. A muda na maioria das lagostas acontece aproximadamente entre 8 - 25ºC. Por vezes altas temperaturas prejudicam o processo normal da muda, mas regra geral é que altas temperaturas induzem a muda, sendo que nas baixas temperatura é inibida(acontecendo nas espécies que habitam nas grandes profundidades. Em geral mudanças brusca de temperatura afecta a frequência e indução da muda , positivamente estimulando a muda quando sobe a temperatura e negativamente quando desce drasticamente a temperatura da água.
Isso porque, sendo as lagostas animais aquático, "preferem" um nível estável de temperatura.

Algumas espécies:

A LAGOSTA DA NORUEGA
Ela é muito asseada, ao contrário dos outros crustáceos, a lagosta da Noruega não permite que algas u outras plantas se incrustem em sua carapaça. Ela passa várias vezes suas duas patas traseiras sobre as costas: suas pinças penetram em todos os cantinhos de sua carapaça. Depois, dobra sua cauda e limpa o ventre. Apesar do nome a lagosta da Noruega se assemelha muito mais ao camarão da água-doce do que à lagosta comum. Suas pinças são, às vezes, tão longas quanto seu corpo. Essas pinças são estreitas e com um colorido brilhante. Cada uma delas tem quatro sulcos longitudinais: cada sulco possui uma ou duas fileiras com extremidades pontudas. Como a lagosta-comum, ela possui dois aguilhões que guarnecem a parte dianteira de seu corpo. A lagosta da Noruega tem olhos facetados.

A LAGOSTA-CASTANHA

(Palinurus elephas) é uma das mais de 30 mil espécies de crustáceos descritas e uma das mais de 1 milhão de espécies de artrópodes existentes. Apesar de “diluída neste mar de espécies”, a sua dimensão, o exotismo e... o sabor tornam esta espécie alvo de atenção especial por parte do mergulhador e do caçador submarino.
Este animal possui um esqueleto exterior rijo (exosqueleto) e numa peça, a carapaça, une o cefalotórax. Esta carapaça, de forma aproximadamente cilíndrica, possui diversos espinhos. O abdómen é articulado e termina numa peça de nome telson ladeado por urópodes. Possui, na parte anterior da carapaça, duas longas antenas frontais semelhantes a chicotes. Possui cornos (em biologia não é uma grosseria dizer “cornos”) de forma triangular, localizados na parte anterior do corpo, que são separados por um espaço denticular no bordo interno. Estes cornos servem de armadura de protecção em relação aos olhos. O rostro é mediano, rudimentar, de pequenas dimensões. O quinto par de patas locomotoras é o mais curto e nas fêmeas possui pinças (que servem para manipular os ovos). Os caracteres morfológicos externos são suficientes para permitir distinguir entre machos e fêmeas. A cor é vermelho-acastanhada. Possui duas grandes manchas amareladas em cada segmento abdominal. O comprimento total pode chegar aos 50 cm, embora seja difícil encontrar animais com mais de 35 a 40 cm.

A LAGOSTA VERMELHA

A LAGOSTA-PINTADA
A lagosta pintada Panulirus echinatus habita recifes e rochas do Ceará ao Rio de Janeiro, Ilhas do Atlântico Ocidental, Central e Oriental. A proporção sexual evidenciou uma predominância de machos (70,8%). O comprimento do cefalotórax (cc) variou de 26,0-84,0 mm. A comparação de relações biométricas entre os sexos apresentou, em sua maioria, diferença estatisticamente significativa, confirmando a ocorrência de dimorfometria sexual dessa espécie de lagosta. As análises macro e microscópica das gônadas revelaram 3 estádios de maturidade nos machos, e 4 nas fêmeas. O comprimento de primeira maturidade foi estimado em 37,00 mm de CC para machos. A época de acasalamento e o pico da relação gonadossomática ocorreram em outubro e março, em águas com temperatura média acima de 27 graus C. As épocas mais intensas de desova, novembro-dezembro e maio-agosto, foram desencadeadas pelas oscilações nos fatores abióticos

A LAGOSTA-SAPATA

Com 70 espécies, possuem corpo largo e achatado, pequenas e escamosas antenas e olhos fixados na carapaça. Nos membros desta família (Scyllaridae) faltam as grandes pinças. Ainda que distribuída por muitos mares no planeta, a sapata já não é encontrada em grande quantidade. Também conhecida como Lagosta-Chinelo. Habitam fundos de corais e rochas. é facilmente identificada por possuir duas manchas circulares e avermelhadas na face dorsal do primeiro segmento abdominal, além de ter o telson mais largo do que comprido. Ocorre no Atlântico ocidental, das Antilhas até o Brasil
E A LAGOSTA-CABO-VERDE

de céfalo-torax mais avantajado e patas longas esverdeadas. A cauda é verde, possuindo cada segmento uma banda transversal branca, separada do bordo posterior por uma banda verde escura ou castanha escrua. A lagosta verde (Panulirus regius), é uma espécie de lagosta com ampla distribuição geográfica, ocorrendo na costa ocidental Africana de Juby (Marrocos) a Nam ibe (sul de Angola), e no oeste do Mediterrâneo (costa de Espanha e sul da França) . Possui alta tolerância às variações das condições hidrológicas: temperaturas relativas de 15 a 28º com o óptimo em 21ºC salinidades variando entre 35,5 e 36,5 usp. Habita fundos rochosos e arenosos à profundidades de 0 a 50 m, mas a sua concentração máxima encontra-se entre os 8 e os 10 m, alimentando-se de presas no mesmo habitat, fixos às rochas ou livres na superfície do sedimento

LAGOSTA DA COSTA ATLANTICA

É mais comprida e menos espinhuda que o lagostim e, além disso, suas antenas são menores। Possui fortes pinças. A maior destas tem um formado de quebra nozes e serve para agarrar os objetos. A outra muito afiada,é um verdadeiro alicate de corte. A carapaça te dois pigmentos cuja combinação resulta num azul-escuro. Na parte debaixo o azul é mais claro.

LAGOSTA ROSA
Coloração avermelhada com manchas esbranquiçadas sobre a face dorsal dotórax e do abdômen,as patas possuem doisaneis largos.

LAGOSTA DA PEDRA

Carapaça massiva retangular, quase larga quanto longa, coberta de grânulos grandes cujas bases são cobertas de pelos e cujo vértice possui 1 ou 2 tubérculos comuns, segmento abdominal coberto igualmente de grânulos com pêlos. Coloração vermelho-acastanhado; as antenúlas são azul-violeta; a parte anterior lisa do primeiro segmento abdominal possui 3 manchas vermelho-escuro próximas, sendo a mancha central circular e rodeada por um estreito círculo amarelo-decorado.
LAGOSTA AZUL



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