Glaucus atlanticus é uma espécie de lesmas-do-mar-pelágicas pertencente ao grupo dos moluscos nudibrânquios da famlia Glaucidae , sendo a única espécie
conhecida do gênero Glaucus. A espécie está estreitamente aparentada com Glaucilia marginata, outro membro da família Glaucidae.
Classificação Ciwntifica
Reino : Animalia
Subreino: Eumatozoa
Superfilo: Lophotrochozoa
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: orthogastropoda
Superordem: Heterobranchia
Ordem: Opisthobranchia
Subordem: Nudibranchia
Superfamilia: Aeolidioidea
Familia : Glaucidae
Genero: Glaucus
Espécie: G. Atlanticus
NOME BINOMINAL = Glaucus Atlanticus
Descrição
Estes nudibrânquios medem normalmente 3 a 4 cm de comprimento, mas alguns espécimes podem atingir os 7 cm. Apresenta uma coloração azul-prateada na face dorsal e azul pálido na face ventral. O pé é raiado por faixas longitudinais azul escuras ou negras.
O corpo é tronco-cónico, aplainado, com seis apêndices que se ramificam em raios afilados. A radúla tem dentes que se assemelham a minúsculas espadas.
Distribuição e ecologia
Este nudibrânquio é pelágico, com distribuição cosmopolita ocorrendo nas águas temperadas e tropicais de todos os oceanos. Entre as regiões onde esta lesma-do-mar ocorre incluem-se as costas leste e sul da África do Sul, as águas europeias, a costa leste da Austrália, as costas de Moçambique e dos Açores. A espécie flutua de boca para baixo, mantida nessa posição pela tensão superficial das águas do oceano.
G.atlanticus depreda organismos pelágicos de maiores dimensões, entre os quais cnidários como a caravela (Physalia physalis), Velella velella e Porpita porpita e moluscos pelágicos como Janthina janthina. Conhecem-se casos em que exibe comportamento canibal, predando exemplares da própria espécie.
Alimentação
estes animais se alimentam de presas bem maiores, como a venenosa caravela-portuguesa, parente da água-viva. Por ser imune ao veneno, o dragão azul consegue recolher a substância tóxica, transformando-a em uma arma ainda mais potente, diferente de nós, humanos, que, em contato com a caravela, podemos ter queimaduras de até terceiro grau. G. atlanticus é capaz de se alimentar de P. physalis porque exibe imunidade ao veneno dos nematocistos daquela espécie, consumindo a caravela inteira seleccionando e armazenado as toxinas e os nematocistos para seu próprio uso. O veneno é recolhido em sacos especializados localizados nas pontas dos seus apêndices (os "dedos" das suas extremidades). Dado que Glaucus armazena o veneno, pode produzir um efeito ainda mais potente e mortal do que o resultante directamente da toxina da caravela.
Com a ajuda de um saco cheio de gás no seu estômago, G. atlanticus flutua perto da superfície. A combinação dos efeitos resultantes da posição do saco e da tensão superficial da água fazem com que se mantenha em posição invertida: a superfície dorsal é na realidade o pé. A sua coloração azulada serve de camuflagem.
Reprodução
Glaucus atlanticus, como a maioria das lesmas-do-mar, é uma espécie hermafrodita apresentando tanto órgãos sexuais masculinos como femininos. Ao contrário dos demais nudibrânquios, o acasalamento não ocorre pela parte direita, mas pela ventral. Após a cópula produz cadeias de ovos.
Embora esse animal possua uma beleza intensa, ele é capaz de injetar nematócitos através da pele humana, mas ele é muito desajeitado e lento, por isso são muito perigosos.
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