AVES MARITIMAS - ALBATROZ
Os albatrozes são aves de grande porte pertencentes à família Diomedeidae, ordem Procellariiformes.
O albatroz é uma grande ave marinha com asas muito compridas e estreitas. Ele consegue voar longas distâncias com pouco esforço, mas costuma fazer aterrissagens desajeitadas.
São aves marinhas, extremamente adaptadas à vida em alto mar, sendo encontradas em terra somente na época de reprodução
Uma das maiores aves voadoras do mundo, o albatroz chega a pesar 11 quilos. A envergadura das asas do albatroz-errante pode passar de 3 metros, sendo maior que a de qualquer outra ave. Quando adultos, albatrozes geralmente têm plumagem branca no corpo e penas pretas, marrons ou brancas nas asas. Alguns têm penas marrons no corpo inteiro.
Quando há correntes de ar, o albatroz pode passar horas planando, sem bater as asas. Por outro lado, tem dificuldade em voar quando não há vento.
CARACTERÍSTICAS
Dentre as adaptações à vida marinha, os albatrozes apresentam uma glândula de sal situada no crânio, acima dos olhos. Essa glândula retira o excesso de cloreto de sódio do sangue e elimina a solução concentrada pelas narinas. Para a natação, possuem todos os dedos dos pés voltados para frente e unidos por uma membrana interdigital que também auxilia nos pousos e decolagens na água. O albatroz tem cabeça grande e bico curvo. Nas patas, os dedos são interligados por uma membrana.
Além disso, essas aves apresentam uma plumagem bem espessa que é impermeabilizada por uma secreção produzida pela glândula uropigial, o que confere isolamento térmico e proteção contra as baixas temperaturas. Por outro lado, essa espessa plumagem impede que os albatrozes mergulhem grandes profundidades.
A família possui atualmente cerca de 20 espécies conhecidas que são distribuídas em quatro gêneros: Diomedea, Thalassarche, Phoebetria e Phoebastria. Pelo menos sete espécies de albatroz ocorrem no Brasil.
São aves monogâmicas e nidificam em ilhas oceânicas variando o período de acordo com a espécie, formando grandes colônias.
HABITAT
A maior parte dos albatrozes distribuem-se no hemisfério sul, desde a Antártida até à Austrália, África do Sul e América do Sul. As excepções incluem as quatro espécies do Pacífico Norte, sendo três exclusivamente desta região, do Hawaii ao Japão, Califórnia e Alasca; e uma, o albatroz-das-galápagos, que procria nas Ilhas Galápagos, mas que se alimenta nas costas sul americanas.
A dependência em relação ao vento, necessário ao voo, justifica a confinação a latitudes elevadas, já que estas aves não têm capacidade para efectuar voo auto-sustentado, de modo a conseguir cruzar com alguma facilidade a zona de convergência intertropical.
A única excepção, o albatroz-das-galápagos, é capaz de viver em águas equatoriais em volta das Ilhas Galápagos devido às águas frias da Corrente de Humboldt e ventos daí resultantes.
Não se sabe ao certo porque é que os albatrozes se extinguiram no Atlântico Norte, ainda que uma subida do nível médio das águas do mar devido a um período de aquecimento interglacial tenha podido levar à submersão de uma colónia de albatrozes-de-cauda-curta escavada nas Bermudas.
Algumas espécies meridionais aparecem, contudo, ocasionalmente no Atlântico Norte, permanecendo aí em situação de "exílio" durante décadas. Destes espécimes exilados, há registo de um albatroz-de-sobrancelha que persistiu em voltar a uma colónia de gansos-patolas na Escócia numa tentativa vã de procriar.
O albatroz passa a vida voando em alto-mar e dorme na superfície da água. Ele só visita a terra na temporada de reprodução, quando faz ninho em alguma ilha. A maioria das espécies sobrevoa o oceano Índico e o sul dos oceanos Pacífico e Atlântico
REPRODUÇÃO
O casal coloca seus ovos em grandes ninhos feitos no chão e os incubam por um período que varia de uma a três semanas.
Os albatrozes atingem a maturidade sexual tardiamente, com cerca de cinco anos de idade, mas mesmo depois de atingirem a maturidade, não acasalam por mais alguns anos (mais de 10, em algumas espécies).
Os albatrozes jovens, ainda não preparados para acasalar, retornam por vários anos às colónias apenas para praticar os elaborados rituais de acasalamento e as danças pelas quais esta família de aves é famosa.
As aves que voltam pela primeira vez à colónia já apresentam os comportamentos estereotipados que compõem a sua linguagem, mas são ainda incapazes de interpretar esses mesmos comportamentos quando exibidos por outros, nem responder de forma apropriada.
Depois de um período de aprendizagem por tentativa e erro, as jovens aves começam a entender a sintaxe própria destes comportamentos e aperfeiçoam as dança. Esta linguagem será dominada mais rapidamente se estiverem em contacto com as aves mais velhas.
Para atrair as parceiras, os machos fazem danças e rituais engraçados.
Os grandes albatrozes levam mais de um ano a cuidar da cria desde a postura até que esta aprende a voar. Os albatrozes põem um único ovo durante a estação reprodutiva. Se o ovo for capturado por predadores ou partido acidentalmente, não haverá qualquer tentativa adicional de acasalamento nesse ano. A ocorrência de "divórcios" entre pares de albatrozes é algo de muito raro e, quando acontece, é apenas depois de vários anos de acasalamento falhado.
Depois da eclosão, a cria é protegida pelos progenitores por três semanas até ter porte suficiente para se defender e para executar termorregulação. Durante este período, os progenitores alimentam a cria com pequenas refeições providenciadas quando rendem os turnos.
A cria é alimentada em intervalos regulares pelos dois progenitores que adoptam padrões alternados de viagens curtas e longas, providenciando refeições que representam cerca de 12% do seu peso corporal (cerca de 600 g).
ALIMENTAÇÃO
Essas aves se alimentam principalmente de lulas e, às vezes, de peixes, polvos.
Também comem restos de comida deixados por navios de passagem.
Grandes albatrozes (Diomedea):
Albatroz-errante ou albatroz-gigante D. exulans
Albatroz-das-antípodas D. (exulans) antipodensis
Albatroz-de-amsterdam D. (exulans) amsterdamensis
Albatroz-de-tristão ou albatroz-de-gough (Diomedea (exulans) dabbenena)
Albatroz-real-setentrional (Diomedea sanfordi)
Albatroz-real-meridional (Diomedea epomophora)
Albatrozes do Pacífico Norte (Phoebastria)
Albatroz-das-galápagos P. irrorata
Albatroz-de-cauda-curta P. albatrus
Albatroz-patinegro P. nigripes
Albatroz-de-laysan P. immutabilis
Thalassarche
Albatroz-de-sobrancelha (Thalassarche melanophris)
Albatroz-de-bico-amarelo-do-atlântico (Thalassarche chlororhynchos)
Albatroz-de-cabeça-cinza (Thalassarche chrysostoma)
Albatroz-arisco (Thalassarche cauta)
Albatroz-de-campbell T. (melanophris) impavida
Albatroz-das-chatham T. (cauta) eremita
Albatroz-de-salvin T. (cauta) salvini
Albatroz-de-nariz-amarelo T. (chlororhynchos) carteri
Albatroz-de-buller T. bulleri
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