Páginas

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

MARLIM AZUL, BRANCO, NEGRO E LISTRADO


MARLIM AZUL

NOME POPULAR
Marlim-azul/Blue Marlin



NOME CIENTÍFICO
Makaira nigricans


FAMÍLIA
Istiophoridae


DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. Alcança a costa brasileira no final da primavera e começo do verão (novembro a março), quando as águas limpas, azuis e quentes se aproximam da costa. Em Vitória, sua pesca pode ser feita a 18 milhas da costa onde as profundidades sofrem uma queda brusca para mais de 1000 metros. Ocorre no litoral das regiões Nordeste, Sudeste e Sul do país, com ênfase no Sudeste. São encontrados no mar azul, faixa por onde passa a corrente de águas quentes, no encontro dessas com as águas frias estão os peixes de bico. Sua época de captura vai de outubro à fevereiro

DESCRIÇÃO

Espécie de grande porte; focinho em forma de espada; corpo mais alto no início da nadadeira dorsal, afinando em direção à nadadeira caudal que é muito grande e furcada; as demais nadadeiras são pontudas. A coloração é azul escura no dorso e prata no ventre, com uma faixa horizontal nos flancos quando o peixe está vivo. Possui cerca de 15 séries verticais de pintas saindo da região dorsal em direção ao ventre. O marlim azul alcança cerca 4m de comprimento total e 700kg.
ECOLOGIA
Espécie pelágica, migradora, oceânica, que alcança a costa brasileira no final da primavera e começo do verão (novembro a março), quando as águas limpas, azuis e quentes se aproximam da costa. Pode ser encontrada sobre as regiões do talude continental. Não costuma nadar em cardumes, mas, na época reprodutiva, forma grupos pequenos. A alimentação consiste basicamente de peixes, como atuns, bonitos, dourado, peixe voador, e lulas e sépias.

CARACTERISTICAS
Corpo roliço, alto e robusto, primeira dorsal alta apenas na região frontal, A nadadeira caudal é furcada e muito grande, afila suavemente em direção à cauda, formando uma área falcada, muito baixa no restante do corpo, são pontudas, pélvicas menores, no máximo do tamanho da peitoral, linha lateral formando um rendilhado fino na parte mediana do corpo, escamas alongadas, ósseas, com uma a três pontas posteriores, cobrindo todo o corpo. característica comum dos peixes velozes.
Suas cores são: no dorso azul-escura e branco prateada nos flancos e ventre, possui cerca de 15 faixas estreitas, verticais, cor de cobalto ou pálidas, na dependência da coloração geral do peixe tendem a desaparecer no peixe morto. É capaz de mudar a cor, variando de todo escuro a um branco-sujo geral ou mesmo com amplas áreas avermelhadas, em função de seu nível de excitação quando está calmo, pequeninas células, os melanóforos, se distendem e cobrem a maior parte do corpo, abaixo da camada de muco que recobre os peixes de maneira geral, excitado, os melanóforos se contraem e expõem estruturas cristalizadas, que refletem a luz circundante, dando à impressão da cor azul em geral, quando reagem outras substâncias, como a nerepiferina e a epirefirina, a cor geral pode ser de um azul-real brilhante ou até mesmo vermelha . É o maior dos peixes de bico. Espécie de grande porte. Atinge cerca de 700 quilos e comprimento superior a 4,5 metros.
É um peixe pelágico, migratório e oceânico, freqüentando as correntes quentes (acima dos 22ºC) e de águas claras do chamado “mar azul”. Pode ser encontrado sobre as regiões do talude continental e nas “rampas” (também chamadas de paredes) após a plataforma continental, além de topos de montanhas submersas. Não costuma nadar em grupos, a não ser durante a não ser durante a época de reprodução.

ALIMENTAÇÃO
Consiste basicamente de peixes como atuns, bonitos, dourados, peixes-voadores, farnangaios e de lulas. Sua alimentação é muito variada, dependendo do que encontre, mas preferem atuns, Sororocas, cavalinhas, dourados e lulas. Alimentam-se em, horários variados, pela manhã ou à tarde, preferindo sempre as subidas das marés. Não é fácil analisar a alimentação dos Marlins Azuis, porque eles tem um mecanismo natural de defesa - o poder de expulsar do estômago fazendo-o sair pela boca, exelindo seu conteúdo e engolindo-o novamente - ocorre isto quando o peixe está sob estress, como no caso de estar fisgado a uma linha de pescador.

REPRODUÇÃO
O marlin azul é considerado sexualmente maduro a partir dos 2-4 anos de idade. A sua reprodução verifica-se em águas tropicais e subtropicais no verão e na queda da estação. O marlin azul tem um crescimento rápido. Talvez um dos crescimentos mais rápidos, senão, o crescimento mais rápido de todos eles, (teleosts). Chega a alcançar, no seu primeiro ano de vida, um crescimento de 30 a 45 quilogramas. O marlin azul fêmea tem um crescimento mais rápido e alcança um tamanho máximo, maior que os machos.

Predadores por natureza, solitários, raramente são encontrados aos pares ou em cardumes.
O Marlin Azul é um peixe naturalmente do dia, quando está mais próximo da superfície e, à noite, procura as águas mais profundas, sem manifestar grande interesse por alimento. Quando é fisgado e liberado, ou consegue fugir, a briga acarreta uma grande produção de ácido láctico na corrente sangüínea. É necessário uma oxigenação maior do que a normal para se livrar deste ácido, o que consegue mergulhando a uma profundidade 100m, onde encontra maior concentração de oxigênio, quando descansa por algumas horas até se recompor. Assim é quase que impossível se fisgar o mesmo peixe num curto espaço de tempo.



MARLIM BRANCO

NOME CIENTÍFICO:
Makaira albida
NOME POPULAR:
Marlin - Branco
NOME EM INGLÊS:
White Marlin

FAMÍLIA
Istiophoridae

Menores que os Marlins azuis, são entretanto mais raros de serem encontrados, é o peixe em sua proporção, que oferece mais resistência quando fisgados. Época de captura de outubro a fevereiro

CARACTERÍSTICAS
O Marlim-branco/White Marlin (Tetrapturus albidus) possui em sua região pré-dorsal, a parte mais alta do corpo, que vai afilando gradativamente até o pedúnculo caudal. O corpo é levemente comprimido. Seu pedúnculo caudal é estreito com duas quilhas de cada lado, logo antes da base de inserção da poderosa nadadeira caudal, grande e furcada (características comuns entre os peixes velozes). Possui duas pequenas nadadeiras anais. A nadadeira dorsal é bem longa, com os primeiros dez raios mais altos, e comprimento superior à maior altura do corpo. Os demais raios têm altura reduzida. Essa é uma característica fácil para diferenciá-lo do marlin-azul, com o qual costuma ser confundido, cuja maior altura dos raios da nadadeira dorsal nunca é superior à maior altura do corpo, e as nadadeiras peitorais, primeira dorsal e primeira anal são pontudas, enquanto no marlim branco, arredondadas. O tamanho médio do marlin branco é aproximadamente 20-30 quilogramas. Pouco é sabido sobre a idade e o crescimento do marlin branco, embora sejam considerados ser de crescimento muito rápido, como são todos os Istophoridae.
A boca terminal é grande e bem ampla, com pequenos dentes. O maxilar superior é bem alongado e tem seção cilíndrica, característica marcante dos marlins e do sailfish ou agulhão-bandeira. As nadadeiras abdominais são diferenciadas, com formato alongado e fino, e se encaixam em uma depressão do abdômem. A coloração geral é negra-azulada no dorso e branca-prateada no ventre. As nadadeiras são enegrecidas em tons de azul-escuro. A primeira dorsal tem manchas escuras arredondadas. Pode atingir pouco mais de 2,8 metros de comprimento total e cerca de 85 quilos

Difere dos espadartes (Xiphias gladius) pela seguinte característica: o “bico” nesta espécie apresenta o maxilar bem mais alongado, mas com seção achatada. Nos marlins, ele é mais curto e tem seção cilíndrica

HABITAT
Gosta das águas afastadas em mar aberto, na região sobre o talude continental, nas áreas de grande declividade após o término da plataforma continental. Aprecia a região de encontro de correntes marinhas e também regiões como topos de montanhas submersas. Está presente no Oceano Atlântico. No Brasil, ocorre nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. A costa ao longo do litoral do Espírito Santo é considerada a “capital mundial do marlin-branco”, devido à grande quantidade de peixes que aparecem durante o verão. Os recordes mundiais da espécie são constantemente quebrados e homologados nessa importante e privilegiada região do litoral brasileiro.

ALIMENTAÇÃO
Tem hábito alimentar carnívoro, com preferência por peixes e lulas. Gosta de dourados, atuns, bonitos, cavalinhas, peixes voadores e farnangaios, entre outros.

CURIOSIDADES
Embora o marlin branco seja considerado geralmente uma espécie rara e solitária, são sabidos ocorrerem pequenos grupos constituídos por diversos indivíduos. Peixe com hábitos solitários, encontrado aos pares durante o período de reprodução. Apesar de formar pequenos cardumes quando jovem, pode reunir-se em determinadas áreas em grande densidade.
O marlin branco fêmea, cresce mais rápido e alcança um tamanho máximo, muito maior que os machos.

SAIBA MAIS
É o peixe mais cobiçado da pesca oceânica, veloz, briguento, com seu dorso azul-cobalto e seu bico assustador, o Marlin Azul virou símbolo de tudo que o mar tem de desafio, mistérios e aventura.Também conhecido por agulhão e agulhão-azul, e de família dos Istiophoridae, é chamado cientificamente Makaira nigricans Lacépède, 1802, o nome Marlin Azul deriva-se do Inglês Blue Marlin

Com os estudos do DNA do coração de marlins brancos, coletados nos torneios de pesca esportiva, foi possível saber que o marlim branco da costa norte-americana pertence ao mesmo estoque daquele encontrado em águas brasileiras. Isso quer dizer que existe ligação entre os locais através de reprodução possivelmente em várias regiões do Atlântico Norte e Sul Ocidental. Para os cientistas é importante saber sua distribuição, pois o que acontece em um local pode afetar toda a população dessa espécie. Através de coleta de gônadas de sailfish, os cientistas comprovaram que a espécie efetua sua desova de novembro a fevereiro, principalmente em dezembro, em áreas frente ao Rio de Janeiro


MARLIM NEGRO

O NOME CIENTIFICO
MAKAIRA ÍNDICA

HABITAT
O marlim negro é um bicudo exclusivo do oceano Índico e do Pacífico embora alguns afirmem que ele pode penetrar o Atlântico pela parte sul da Argentina. Na verdade se tem notícia oficial desse tipo de ocorrência embora alguns pescadores profissionais digam que já capturaram alguns exemplares em espinhéis. Atualmente as maiores concentrações de marlim negro ocorrem na Austrália no entorno das grandes barreiras de corais. Eles já foram muito abundantes entre o Peru e o Chile, porém a pesca profissional sem fiscalização, sobretudo do seu principal alimento, as anchovas, contribuiu decisivamente para seu quase desaparecimento nesta área. Ainda existem marlims negros no Pacífico Americano, na Guatemala, Porto Rico, México, Venezuela, Chile e Peru.


CARACTERÍSTICAS

Embora muito parecido com o azul dele se diferencia por ter o bico e a nadadeira dorsal mais curtas enquanto as laterais são fixas, não se inserindo no corpo. Sua coloração, especialmente na parte dorsal, é cinza negra.
Os recordes de marlim negro datam de 1950, conquistados por Alfred Glassel Jr. e pela Srª Charles E. Hughes, respectivamente 707 Kg e 691 Kg. Atualmente os maiores exemplares de marlim negro, pescados na Austrália, atingiram marcas entre 600 e 610 Kg.


ALIMENTAÇÃO:
Peixes como bonitos, atuns, sororocas, cavalinhas, anchovas, voadores, tainhas, xixarros, etc







MARLIM LISTRADO

HABITAT
Ocorre no oceano Índico e no Pacífico.
Habita a superfície e profundidades médias oceânicas.

CARACTERÍSTICAS
A coloração do corpo é azulada com reflexos esverdeados. Listras verticais de cor lavanda são presentes desde a parte posterior da cabeça até a base da cauda. O ventre é branco. O focinho é alongado, sendo a mandíbula superior mais longa que a inferior. As nadadeiras peitorais são amplas e claras. As nadadeiras anais são menores. A nadadeira dorsal tem forma triangular, e fica na base da cabeça. A nadadeira caudal disposta verticalmente é ampla, com o raio superior mais comprido que o inferior.
Comprimento do corpo: até 2,9 m.Peso: 230 kg.
Chaves de classificação física: simetria bilateral; hidrodinâmico.Dimorfismo sexual: não apresentável.


ONTOGENIA E REPRODUÇÃO
A época reprodutiva ocorre de maio a agosto, no norte do oceano Pacífico.

REPRODUÇÃO
Chaves de características reprodutivas: ovíparo; sexual; dióico.

ECOLOGIA E COMPORTAMENTO
A espécie mais dominante e de maior distribuição entre os marlins é na maior parte do tempo solitária, mas pode formar pequenos grupos ''escolares'' durante a época reprodutiva. São normalmente encontrados em locais onde haja o agrupamento de pequenos peixes. Ele circula o cardume, antes de atacá-lo, capturando os indivíduos mais fracos. Possui poucos predadores, exceto o homem.

ALIMENTAÇÃO
Alimenta-se de pequenos peixes como sardinhas e peixes-voadores, mas também de cefalópodes como calamares.


DISTRIBUIÇÃO HISTÓRICA
O marlim-listrado é uma espécie holocênica proveniente de perciformes terciários basais.

OBSERVAÇÕES E ETIMOLOGIA
Este formidável peixe recebeu esse nome popular devido às suas manchas em forma de barras verticais. Tetra quatro; pterus asa. O termo do gênero refere-se às quatro nadadeiras da espécie

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE AQUI SUA OPINIÃO