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segunda-feira, 19 de março de 2018

Lagosta Boxeadora



Stomatopoda

lagosta-boxeadora

tamarutacas ou de lacraias-do-mar



Stomatopoda, chamados popularmente de tamarutacas ou de lacraias-do-mar no Brasil, é uma ordem de crustáceos marinhos da subclasse Hoplocarida, que agrupa cerca de 400 espécies, caracterizadas ... 

Nome científico: Stomatopoda
Classificação: Ordem
Classificação superior: Hoplocarida
Ordem: Stomatopoda; Latreille, 1817
Classe: Malacostraca
Filo: Arthropoda

Stomatopoda (ou estomatópode), chamados popularmente de tamarutacas ou de lacraias-do-mar, também conhecidas como esquilas ou lagosta-boxeadora, espalhadas pelas costas dos mares tropicais e subtropicais.  No Brasil, é uma ordem de crustáceos marinhos da subclasse Hoplocarida, que agrupa cerca de 400 espécies, caracterizadas principalmente pela morfologia da segunda pata torácica, que é modificada em apêndice subquelado, lembrando uma pata de louva-a-deus.
São animais que apresentam comportamentos sociais muito variados, desde ameaças visuais contra predadores até comportamentos de côrte. De acordo com a anatomia da sua pata raptorial é possível distinguir entre dois grupos funcionais, as perfuradoras (spearers) ou as esmagadoras (smashers), sendo que cada um dos tipos apresenta sua própria variação comportamental e até mesmo de habitat.

As maiores esmagadoras, tais como exemplares de Odontodactylus scyllarus, são capazes de desferir um dos mais rápidos e violentos golpes do reino animal, um soco que pode apresentar a velocidade de um tiro calibre .22 (equivalente a 720km/h) e uma força de impacto de 60 kg/cm². Essa força esmagadora é a responsável pelo seu título de "lagosta-boxeadora" e é capaz de facilmente quebrar a carapaça de um caranguejo, as conchas duras e calcificadas de gastrópodes ou até mesmo quebrar o vidro reforçado de um aquário. Com uma ampla variação de tamanho, de  alguns milímetros até 40 cm nas maiores espécies, oscilando geralmente entre 15-30 cm, podem atacar e se defender de animais até 4 vezes maiores que seu próprio tamanho, como polvos por exemplo, tendo como arma natural para tal feito as suas poderosas patas dianteiras. 

As suas patas dianteiras são revestidas de um material muito resistente, funcionando como uma clava: proferem golpes violentos quando acionadas, a uma velocidade de aproximadamente 700 KM/H, o equivalente à velocidade de um tiro de uma arma calibre .22, tão veloz que a água ao redor ferve; esse golpe pode exercer uma foça de aproximadamente 60 KG por centímetros quadrado, destruindo facilmente cascos de caranguejos e conchas calcificadas de gastrópodes (a força de choque gerada na água pode matar suas presas até mesmo se ela não acertar sua presa diretamente), impossibilitando - ou ao menos dificultando - que sejam domesticados.

Os estomatópodes são predadores ativos que caçam presas com o auxílio de um sentido de visão muito apurado e capaz de interpretar polarização no espectro ultravioleta e infravermelho). Apresentam uma grande variação de tamanho, que pode ir de poucos milímetros até aproximadamente 40 cm nas espécies maiores. 
Estomatópodes podem ser encontrados em quase todo o litoral brasileiro, mas não são animais fáceis de se observar pelos seus hábitos mais furtivos. Devem ser manuseados com muita cautela pois são animais preparados para se defender com força, caso sejam incomodados.


Habitação


Eles vivem em fundo consolidado, lodoso ou ainda arenoso, onde cavam seus buracos ou aproveitam-se dos orifícios deixados por outros animais para neles se instalar.


Alimentação

Algumas espécies adotam a técnica da estreita para caçar, sem abandonar sua toca ou o buraco que cavam na areia. Esperam a presa chegar perto e a apanham com um golpe rápido das patas pinçadoras. outras espécies caçam nadando.
 São animais exclusivamente carnívoros, alimentando-se de camarões, caranguejos, moluscos, peixes e até mesmo outros da mesma ordem. 

Anatomia

 Possuem um par de patas enormes, usado para ataque e defesa O segundo par de patas, muito desenvolvido, é usado tanto para atacar a presa como para se defender. Além das patas, elas apresentam uma silhueta característica, devido ao grande comprimento aparentemente de seu abdómen. 



 O urópodo, quando aberto, também funciona para defesa, como um escudo, fechando a galeria em que o animal esteja instalado. 

Visão



Esses animais possuem o mais complexo sistema de visão de cores do mundo animal, porque eles podem ver 16 cores primárias, por possuírem 16 pigmentos diferentes em sua retina.
Nossos olhos possuem três tipos desses receptores - que respondem à luz azul, verde e vermelha -, que nos permitem perceber o espectro de cores que vemos. Os cães contam com apenas dois tipos de cones (verde e azul), e é por isso que eles vêm tons de azul, verde e um pouco de amarelo.

 Muitos anfíbios, répteis, aves e insetos possuem quatro tipo de cones, o que significa que espécies dessas classes conseguem ver cores que o nosso cérebro é incapaz de processar. Algumas espécies específicas de borboletas e possivelmente pombos possuem cinco cones de percepção de cor, o que aumenta ainda mais a quantidade de pigmentos que eles são capazes de perceber.

 O sistema de visão dos estomatópodes possui doze cones sensíveis à luz e outros quatro que filtram a luz (16 cones no total), o que lhes permite ver cores polarizadas e imagens multiespectrais.
Como cada cone pode ver cerca de 100 cores, os estomatópodes são capazes de ver 1024 cores, ou seja, 1 septilhão de cores. Em comparação, o olho humano vê 106 cores, ou seja, 1 milhão de cores apenas. A visão dos estomatópodes é sensível à luz ultravioleta, mas ainda é desconhecido se ela pode distinguir a luz infravermelha.
O  Tamarutaca podem enxergar 1 trilhão de cores, contra apenas 1 milhão dos humanos

Reprodução

A fêmea desova no local onde se abriga e, em caso de perigo, enrola os ovos como uma bola, prendendo-os junto ao corpo até encontrar um abrigo mais protegido. esses ovos  ficam ligados por uma massa gelatinosa que a mãe carrega contra o ventre até que eclodem, limpando-os sem parar.

domingo, 18 de março de 2018

DRAGÃO AZUL OU GLAUCUS ATLANTICUS





Glaucus atlanticus é uma espécie  de lesmas-do-mar-pelágicas pertencente ao grupo dos moluscos nudibrânquios  da famlia Glaucidae , sendo a única espécie 
 conhecida do gênero Glaucus.  A espécie está estreitamente aparentada com Glaucilia marginata,  outro membro da família Glaucidae.


Classificação Ciwntifica

Reino : Animalia
Subreino: Eumatozoa
Superfilo: Lophotrochozoa
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: orthogastropoda
Superordem: Heterobranchia
Ordem: Opisthobranchia
Subordem: Nudibranchia
Superfamilia: Aeolidioidea
Familia : Glaucidae
Genero: Glaucus
Espécie: G. Atlanticus
NOME BINOMINAL = Glaucus Atlanticus

Descrição

Estes nudibrânquios medem normalmente 3 a 4 cm  de comprimento, mas alguns espécimes  podem atingir os 7 cm. Apresenta uma coloração azul-prateada na face dorsal e azul   pálido na face ventral. O pé é raiado por faixas longitudinais azul  escuras ou negras.
O corpo é tronco-cónico, aplainado, com seis apêndices que se ramificam em raios afilados. A radúla  tem dentes que se assemelham a minúsculas espadas.

Distribuição e ecologia

Este nudibrânquio é pelágico, com distribuição cosmopolita ocorrendo nas águas temperadas e tropicais de todos os oceanos. Entre as regiões onde esta lesma-do-mar ocorre incluem-se as costas leste e sul da África do Sul, as águas europeias, a costa leste da Austrália, as costas de Moçambique e dos Açores. A espécie flutua de boca para baixo, mantida nessa posição pela tensão superficial das águas do oceano.
G.atlanticus depreda organismos pelágicos de maiores dimensões, entre os quais cnidários como a caravela (Physalia physalis), Velella velella e Porpita porpita e moluscos pelágicos como Janthina janthina. Conhecem-se casos em que exibe comportamento canibal, predando exemplares da própria espécie.
Alimentação
estes animais se alimentam de presas bem maiores, como a venenosa caravela-portuguesa, parente da água-viva. Por ser imune ao veneno, o dragão azul consegue recolher a substância tóxica, transformando-a em uma arma ainda mais potente, diferente de nós, humanos, que, em contato com a caravela, podemos ter queimaduras de até terceiro grau. G. atlanticus é capaz de se alimentar de P. physalis porque exibe imunidade ao veneno dos nematocistos daquela espécie, consumindo a caravela inteira seleccionando e armazenado as toxinas e os nematocistos para seu próprio uso. O veneno é recolhido em sacos especializados localizados nas pontas dos seus apêndices (os "dedos" das suas extremidades). Dado que Glaucus armazena o veneno, pode produzir um efeito ainda mais potente e mortal do que o resultante directamente da toxina da caravela.
Com a ajuda de um saco cheio de gás no seu estômago, G. atlanticus flutua perto da superfície. A combinação dos efeitos resultantes da posição do saco e da tensão superficial da água fazem com que se mantenha em posição invertida: a superfície dorsal é na realidade o pé. A sua coloração azulada serve de camuflagem.

Reprodução




Glaucus atlanticus, como a maioria das lesmas-do-mar, é uma espécie hermafrodita apresentando tanto órgãos sexuais masculinos como femininos. Ao contrário dos demais nudibrânquios, o acasalamento não ocorre pela parte direita, mas pela ventral. Após a cópula produz cadeias de ovos.
Embora esse animal possua uma beleza intensa, ele é capaz de injetar nematócitos através da pele humana, mas ele é muito desajeitado e lento, por isso são muito perigosos.

TUBARAO DUENDE OU GOBLIN




 (Mitsukurina owstoni)



Reino: Animalia 
Filo: Chordata 
SubFilo: Vertebrata 
Classe: Chondrichthyes 
Subclasse: Elasmobranchii 
Ordem: Carcharhiniformes 
Familia: Carcharhinidae 
Genêro: Mitsukurina 
Espécies: Mitsukurina owstoni



O tubarão-duende (Mitsukurina owstoni) é uma espécie que habita nas águas profundas, raramente é visto com vida. Tem nariz achatado, corpo rosado e flácido e dentes em forma de pregos. O peixe mede de três a quatro metros de comprimento, na idade adulta.
Vive no fundo do mar, e já foi encontrado a 1200 metros de profundidade, no oeste do oceano Pacífico, no oeste do Índico e a leste e oeste do oceano Atlântico.
os tubarões-duende são menos ferozes que seus companheiros, como o sanguenolento tubarão branco. A espécie passou a constar nos relatos científicos somente em 1898, primeira vez que foi descrita. Antes disso, porém, espécimes já haviam sido capturados por pescadores japoneses que, muito apropriadamente, apelidaram o bicho de tengu-zame. No folclore japonês, tengu é uma espécie de gnomo mítico equipado com um imenso narigão. Muitos chegam a chamá-lo de fóssil vivo, dada a semelhança com o Scapanorhynchus, uma espécie de tubarão que viveu no período cretáceo, há mais de 65 milhões de anos. O parentesco entre as espécies, no entanto, nunca foi comprovado.
O tubarão-duende é raramente avistado por ser um peixe que vive a grandes profundidades, em torno de 1300 metros. Mas pode ser encontrado em diversas partes do mundo. Há registros da presença da espécie na Ásia, no Golfo do México (onde o pobre Moore capturou o seu), na costa da Austrália e da Nova Zelândia, África do Sul, na Ilha da Madeira, nas Guianas e em alguns pontos dos EUA.  
Os tubarões-duendes são um dos mais antigos tubarões existentes no mundo atual. Há registro desta espécie ao largo das costas das ilhas japonesas, Austrália e do sul africano.O tubarão-duende é um animal muito raro de ser encontrado. Desde 1898 foram encontrados 36 espécimes. Pensa-se que esta espécie seja uma das mais antigas de tubarão.
Um dos últimos registros foi feito na costa do Rio Grande do Sul, Brasil. O exemplar foi encontrado, morto, por um barco de pesca a 400 metros de profundidade no dia 22 de setembro de 2011 e doado ao Museu Oceanográfico da Fundação Universidade Federal do Rio Grande - FURG.
E o mais recente foi no Golfo do México, em maio de 2014. O fóssil vivo com mais de cinco metros de comprimento foi arrastado junto com camarões numa rede de mais de 600 metros. O órgão americano para oceanos e atmosfera, o NOAA, revelou em seu site que este foi o segundo tubarão-duende registrado no Golfo do México. O primeiro foi capturado em julho de 2000.




ANATOMIA E APARÊNCIA


Tubarões duende podem crescer até 5,4 metros e chegar a pesar mais de 200 kg. Eles têm o corpo semi-fusiforme. Ao contrário dos outros tubarões, as barbatanas do tubarão goblin não são apontadas e, em vez disso elas são baixas e arredondadas e ele tem as barbatanas anais e pélvicas significativamente maiores do que as barbatanas dorsais. Sua cauda heterocercal é semelhante à cauda do tubarão debulhador, com o lobo superior mais longo proporcionalmente do que o dos outros tubarões. Além disso, a cauda do tubarão-duende carece de um lobo ventral.
 O focinho é a Parte do corpo mais distintivo do tubarão-duende é o seu longo focinho achatado. Este lamelar saliência tem um grande número de sensores eletro-magnético em sua superfície. Estes sensores detectam os pequenos impulsos eléctricos que os animais emitem, e o tamanho do nariz do tubarão goblin reflecte o facto de presas (peixes, crustáceos) praticamente na escuridão total e no sedimento no fundo do mar.As mandíbulas de tubarão também estão adaptados para a unidade de alimentação inferior. Eles são altamente protractile eo tubarão se estende para a frente para agarrar a presa que é. Ela também tem um músculo da língua, como que usado para coletar a presa em sua boca e em seus dentes. Os dentes da frente de suas mandíbulas são longas e em forma de agulha, ideal para agarrar e segurar a presa, enquanto aqueles para a parte traseira são planas e adaptados para esmagar, as conchas de crustáceos, por exemplo.
A coloração rosa, único entre eles, é devido aos vasos sanguíneos debaixo de uma pele semi-transparente (que infeta com facilidade), causando a coloração. As barbatanas têm uma aparência azulada. Tubarões duende carecem de uma membrana nictitante. Os dentes da frente são longos e lisos, enquanto os dentes traseiros são adaptados para esmagar seu alimento.
Até 25% do peso do tubarão-duende pode ser o seu fígado. Isto é semelhante a outros tubarões, como o tubarão-frade e o tubarão-cobra, e contribui para o dinamismo do tubarão, que, como todos os tubarões, carecem de uma bexiga natatória.
Inatividade relativa do tubarão-duende é relatado também por suas barbatanas, curtos e grossos. O lobo superior (caudal lóbulo) da cauda é alongada, mas não muito grande, enquanto que o lobo inferior (lóbulo ventral) é quase inexistente. Sua couraça (aqueles apenas atrás da cabeça), o seu anal (parte da frente da fila) e seu dorsal (nas costas) barbatanas são curtas e arredondadas. Este tipo de barbatanas indicam um mergulho animal lento.
Diferentemente da maioria dos tubarões, os tubarões-duendes não têm uma membrana nictitante. Este é um filme semi-transparente que os tubarões desenhar em seus olhos ao atacar presas para protegê-los de danos. Falta de goblin shark deste filme reflete seus hábitos de comer inferior. A falta de luz solar em seu ambiente também explica o tamanho relativamente pequeno de seus olhos.

COMPORTAMENTO


Tubarões-duende sentem a presença de presas através de órgãos eletrossensíveis do rosto, ou focinho, devido à ausência de luz nas águas profundas onde ele nada. Uma vez que um tubarão encontra a sua presa, ele de repente projeta suas mandíbulas, enquanto usa um músculo da língua para sugar a vítima para seus afiados dentes da frente. 


ALIMENTAÇÃO

Alimenta-se de  peixes-pedra, cefalópodes e crustáceos, lulas, camarões, polvos e outros moluscos que também habitam no fundo do mar. Característico por possuir um longo nariz em forma de faca incorporada por minúsculas células sensoriais e uma grande boca com dentes em forma de agulha. 

REPRODUÇÃO
Como se reproduzem
Suspeita-se que esses tubarões sejam ovovivíparos – nascem de ovos que ficam armazenados no interior do corpo da mãe. Mas nenhuma fêmea da espécie, até hoje, foi detalhadamente examinada wuando prenhe. Há relatos de que fêmeas da espécie costumam se reunir próximo à costa da ilha de Honshu, no Japão, durante a primavera. Cientistas acham que o ponto é um lugar de reprodução.