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terça-feira, 25 de novembro de 2008

ARTÊMIA



Artêmia é um pequeno crustáceo que pertence ao filo Arthropoda e à classe dos crustáceos. que habitam a terra a mais de 300 milhões de anos. São zooplanctons como Dáfnia e Copepoda, os quais também são usados como alimento vivo. Seu tamanho é de 8 à 10mm de comprimento e sua cor pode ser vermelho claro, rosado, cinza claro ou castanho, variando de acordo com o meio em que vive e os alimentos que ingere. Quanto mais avermelhadas melhor, pois contém mais Caroteno (substância que estimula as cores dos peixes). É um dos melhores alimentos para alevinos, peixes novos e peixes em tratamento, pois é muito rica em proteínas e vitaminas (principalmente a protovitamina A e o Caroteno) e sais minerais. Suas qualidades nutritivas aceleram a recuperação, já que artêmia em grego significa saúde. Esta espécie está adaptada à grande mudança ambiental, como variações abruptas de salinidade, de temperatura e de oxigênio dissolvido.


Anatomia:


O corpo está dividido em cabeça, tórax e abdome. A cabeça consiste de dois segmentos fusionados que suportam dois olhos pedunculados, um olho naúpilo, assim como as antênulas e antenas. As antênulas filiformes estão localizadas na parte dorsal. As antenas dos machos são transformadas em órgãos de preenssão. Nas fêmeas elas são curtas e foliáceas. O corpo está dividido em cabeça, tórax e abdome. A cabeça consiste de dois segmentos fusionados que suportam dois olhos pedunculados, um olho naúpilo, assim como as antênulas e antenas. As antênulas filiformes estão localizadas na parte dorsal. As antenas dos machos são transformadas em órgãos de preenssão. Nas fêmeas elas são curtas e foliáceas.

Habitat:
As artêmias vivem em lagos de alta salinidade e não no mar, apesar do nome confundir um pouco. Vive normalmente em lagos de água salgada ou salobra. Pode, no entanto, viver em águas preparadas artificialmente ou mesmo em águas doces, durante algum tempo. O habitar nativo da Artemia sp aqui na Região dos Lagos, estado do Rio de Janeiro, Brasil, é a Lagoa de Araruama, uma lagoa costeira hipersalina, que foi formada cerca de cinco mil anos atrás devido aos movimentos de avanços e recuos do mar, formando uma língua de areia, que a separou do oceano, deixando porém, um canal de comunicação permanente, o Canal de Itajurú. Este canal ainda é a fonte de alimento deste ambiente , pois é através dele que ocorre a renovação da água e a entrada de animais e plantas (Barroso,1987). O famoso lago de Salt Lake nos Estados Unidos é um exemplo de habitat das artêmias.

Reprodução:
Dependendo dos diferentes parâmetros fisiológicos e bioquímicos do ambiente, as populações de Artemia se reproduzem sexualmente ou parterogeneticamente, liberando náuplios ou cistos. Os ovos são divididos em ovários pares, que se situam nos dois lados do trato digestivo, atrás dos toracópodos. Uma vez maduros os ovócitos são transferidos via ovidutos para dentro do útero. Neste momento se efetua a copulação. O macho flexiona seu abdome para frente e uma da patas que possui é introduzida na abertura do útero onde os esperma são depositados. O que irá determinar se a fêmea será ovípara ou ovovivípara serão os fatores ambientais, um exemplo destes fatores é a alta salinidade.

Cistos:



Diâmetro médio de 0,2 a 0,3 mm com peso entre 2,8 a 4 mg.


Jovem Naúpilo:


Tamanho de 0,45 mm de comprimento e 0,1mm de largura com peso de 0,01 mg. Passa de metanaúpilo fase I e II graças as reservas vitelinas. Durante os próximos 7 a 10 dias passa para os estágios metanaúpilo III e IV, que diferem um do outro no grau de segmentação do corpo, na transformação da 2ª antena e na aparência das pernas torácicas. Durante esse período o corpo aumenta de 0,5 para 2,5 a 4 mm. O náupilo de artêmia pode dobrar de tamanho em pouco mais de 24 horas. Os náuplius podem viver várias horas na água doce, o que permite o seu emprego na alimentação de peixes e outros animais que vivam nesse ambiente.Jovem:Com 5 a 6 mm até adulto 15 a 16 mm. Estão quase sempre acasalando.




Crescimento -


15 estágios do ovo até a maturidade sexual que é atingida em duas etapas. Podem produzir 200 náuplios a cada cinco dias. Período de vida 21 dias.(Costa,1984)Ovos:Os ovos são divididos em ovários pares, que se situam nos dois lados do trato digestivo, atrás dos toracópodos. Uma vez maduros os ovócitos são transferidos via ovidutos para dentro do útero. Neste momento se efetua a copulação. O macho flexiona seu abdome para frente e uma da patas que possui é introduzida na abertura do útero onde os esperma são depositados. O que irá determinar se a fêmea será ovípara ou ovovivípara serão os fatores ambientais, um exemplo destes fatores é a alta salinidade.



Alimentação:




A Artemia salina obtém seu alimento pela filtração da água, podendo ingeriralimento com um tamanho de 5 a 50 micron.



O ciclo de vida:
ovo - antes da eclosão, náuplius - são as larvas após a eclosão, jovem - com 6 dias de idade e adulto, quando atinge 10 dias de idade. O tempo de vida da artêmia é de 6 a 12 meses.
As Artêmias são ricas em proteínas, vitaminas (caroteno) e sais minerais, por isso são utilizadas em larga escala em cultivo de camarões e peixes na fase larval, acelerando o crescimento dos animais, recuperando os indivíduos doentes, deixando-os mais sadios. Apresentam-se como excelente dieta alimentar para peixes e crustáceos no ambiente natural, devido a isso preferem habitar locais com difícil sobrevivência para outras espécies , como salinas que atingem temperaturas de até 40ºC e salinidade de até 300 partes por mil, pois são menos predadas (Medel, 1997).


Este microcrustaceo é amplamente utilizado na aqüicultura, para alimentar as diversas fases larvais e pós- larvais de peixes e crustáceos. Os náuplios de Artêmia tem um alto valor nutritivo, larvas com poucas horas de vida possuem: 42 % de proteinas, 23,2 % de gordura e 6 calorias por grama, enquanto o juvenil com 6 dias tem 59,72 % de proteina, 7,0 % de gordura. Os indivíduos adultos com 10 dias tem 62,78% de proteinas e 6,5 % de gordura. O corpo de Artemia sp desde a fase de náuplio até adulto, não possui carapaça rígida de quitina, facilitando a alimentação dos peixes e camarões nas fases larvas e pós-larvas já que o aproveitamento é total

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

OSTRAS


Molusco, bivalve, ostreida, do gênero Ostrea.

Essas são as partes de uma ostra dentro da concha:
boca (palpus)
estômago
coração
intestinos
guelras
ânus
músculo abdutor
manto

Habitat
Vive em colônias, fixo nas pedras, ferro, madeira, ou mesmo uns agarrados aos outros.

Introdução
O nome ostra é usado para um número de grupos diferentes de moluscos que crescem em sua maioria em águas marinhas ou relativamente salgadas. As ostras verdadeiras pertencem à ordem Ostreoida, família Ostreidae. As ostras têm um corpo mole, protegido dentro de uma concha altamente calcificada, fechada por fortes músculos adutores. As guelras filtram o plâncton da água. Ostras são bivalves, o que significa que suas conchas são formadas de duas partes, as valvas. As valvas das conchas são mantidas juntas por um ligamento elástico. Este ligamento é posicionado onde as valvas se juntam, e usualmente as mantém abertas para que as ostras possam se alimentar.

Anatomia
A casca da ostra é formada por uma espécie de calcita e argonita cristalizado em forma de carbonato de cálcio. Quando a ostra sente perigo, é capaz de travar a casca por meio de um potente músculo de fechamento. O corpo da ostra é coberto fora a fora com uma fina manta protetora. No interior encontramse: brânquias, boca, estómago, fígado, coração, rins (dois), intestino, ânus, pálpebras, músculo e dobradiça. O coração que faz circular o sangue incolor é facilmente visível posicionado logo acima do músculo de fechamento. O sangue da ostra constitui metade de seu peso e é um líquido pouco avermelhado, mas que pode também ser incolor ou azul.

Espécies
São conhecidas sete espécies brasileiras, e a Ostrea virginica, de formato irregular e de valva inferior côncava, é a mais comum. O comprimento médio é de 6 a 8 cm, mas pode atingir até 20 cm. A ostra chata é um molusco sem cabeça, mas que possui fígado, estômago, coração, boca, intestino e outros órgãos. Sendo bivalve, tem duas tampas: a superior, chata; e a inferior, côncava. Quando se abre uma ostra com cuidado é possível ver as pulsações do seu coração


Fecundação

Em condições naturais, uma fêmea de ostra pode colocar 200 milhões de ovos, sobrevivendo porém alguns poucos: cerca de 1% chega a fase adulta. Os ovos depois de fecundados tornam-se larvas planctônicas e depois de um período de 15 dias procuram um substrato para se fixarem. A partir daí, formam sua concha e crescem, permanecendo fixos por toda vida. No verão durante o período de reprodução é possível perceber um aspecto visivelmente leitoso em todo interior da ostra. As ostras trocam de sexo, alternativamente são masculinos e depois femininos e lhe confere a característica de "hermafroditismo" sucessivo. A troca se dá após emissão do produto genital, a emissão do sêmen masculino e dispersão do sêmen pelo ambiente marinho. Na fêmea é o momento da ovulação, também denominado de "ponte". A ostra fêmea guarda suas ovas no interior das câmaras de respiração. As ovas são fecundadas pelo sêmen proveniente das correntezas d´água de qual a ostra aspira as fontes de alimentação. Num prazo de 8 a 10 dias, as larvas são expelidas. Elas mantém uma vida flutuante no ambiente marinho até procurar um suporte para fixação permanente. A natureza da ostra é capaz de compensar as perdas naturais, gerando a partir de uma única matriz um número elevado de larvas, algo entre 500.000 a 1.500.000 de larvas

Reprodução

O ciclo da ostra se inicia na semente, uma larva extremamente pequena, proveniente naturalmente da ostra matriz. No ambiente natural, uma boa parte das sementes se perderia, devido a ação dos predadores como os peixes, as estrelas do mar, os siris e caranguejos e os pássaros. O manejo do ostreicultor evita perdas numerosas de sementes. A ostreicultura em algumas regiões conta com a fecundabilidade natural da ostra para popular os bancos de criação, conseguindo obter assim novas sementes a partir dos próprios recursos naturais. Na região da Cananéia, a espécie é nativa e designada como "Crassostrea rizophorea", ou mais comum, como "Crassostrea brasilianaAs pequenas larvas procuram um suporte que lhe convêm para se fixar. A coletora preparada cuidadosamente pelo ostreicultor tem várias finalidades: serve de suporte, abrigo e proteção dos predadores naturais.

Alimentação

As ostras filtram a água e se alimentam de microalgas e matéria orgânica. Chegam a filtrar 10 litros de água/hora e são indicadas para canais de escoamento e bacias de decantação em cultivos de camarão, para reduzir o impacto ambiental. Um cultivo 1000 travesseiros, ou 200.000 ostras ocupa uma área de 2.000m2 e filtra até 2 milhões de litros de água p/hora


COMO AS OSTRAS FAZEM PÉROLAS
As ostras são famosas por produzir nácar e pérolas. O nácar ou madrepérola pode ser branco, amarelo, verde ou negro, e brilha quando exposto à luz. É utilizado para fabricar botões, cabos de faca etcComo a ostra cresce de tamanho, sua concha também deve crescer. O manto é um órgão que origina a concha da ostra, usando os minerais dos alimentos. O material criado pelo manto é chamado madrepérola. A madrepérola alinha o interior da concha.A formação de uma pérola natural começa quando uma substância estranha desliza para dentro da ostra, entre o manto e a concha, o que irrita o manto. A reação natural da ostra é cobrir esta irritação para se proteger. Quando um grão de areia se introduz entre o manto e a concha, a ostra o reveste com o nácar. Se o corpo estranho irritar demais o manto, este começa a produzir um nácar especial, brilhante e suave, que é a matéria-prima da pérola.
O manto cobre a irritação com camadas da mesma substância de madrepérola, que é usada para criar a concha. Isto eventualmente forma uma pérola.O corpo estranho que invade a ostra pode ser morto ou vivo. De qualquer modo, ele será emparedado pelo nácar e ali ficará para sempre. Algumas pérolas são depois expulsas. Mas as que se grudam demais ao manto continuam, por anos, sendo envolvidas pelo nácar e dão origem às grandes pérolas. As mais preciosas e brilhantes chamam-se "oriente". Seu brilho é devido à superposição das camadas de nácar, que facilita a passagem da luz. Quanto mais tênues e transparentes são as camadas, maior a beleza e o brilho.
As ostras fabricam pérolas com formas que variam desde a esfera perfeita até ao formato de gota, ovo, cone, barril, asa ou martelo. Calcula-se que são necessários entre dois e três anos para o surgimento de uma pérola, e as mais bonitas são as que mais desconforto causaram à ostra.
Portanto, uma pérola é uma substância estranha coberta com camadas de madrepérola. A maioria das pérolas que vemos nas joalherias são objetos bem redondos, e são as mais valiosas. Nem todas as pérolas se saem tão bem assim. Algumas pérolas possuem um formato irregular - estas são chamadas pérolas barrocas. As perolas, como você provavelmente já notou, possuem grande variedade de cores, incluindo branca, preta, cinza, vermelha, azul e verde. A maioria das pérolas podem ser encontradas por todo o mundo, mas as pérolas pretas são nativas do sul do Pacífico.As pérolas cultivadas são criadas pelo mesmo processo que as pérolas naturais, mas claro, com uma mãozinha dos criadores. Para criar uma pérola cultivada, o criador abre a concha da ostra e faz uma pequena fenda no tecido do manto. Pequenas irritações são então inseridas por baixo do manto. Em pérolas cultivadas em água doce, cortar o manto da ostra é o suficiente para induzir a secreção de madrepérola que produz uma pérola sem que para isso um corpo estranho tenha que ser inserido.Apesar das pérolas cultivadas e naturais serem consideradas de igual qualidade, pérolas cultivadas tem geralmente um valor menor, já que não são tão raras.