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domingo, 7 de fevereiro de 2021

ALBATROZ - AVES MARITIMAS





AVES MARITIMAS  -  ALBATROZ

Os albatrozes são aves de grande porte pertencentes à família Diomedeidae, ordem Procellariiformes. 
O albatroz é uma grande ave marinha com asas muito compridas e estreitas. Ele consegue voar longas distâncias com pouco esforço, mas costuma fazer aterrissagens desajeitadas.


São aves marinhas, extremamente adaptadas à vida em alto mar, sendo encontradas em terra somente na época de reprodução
Uma das maiores aves voadoras do mundo, o albatroz chega a pesar 11 quilos. A envergadura das asas do albatroz-errante pode passar de 3 metros, sendo maior que a de qualquer outra ave. Quando adultos, albatrozes geralmente têm plumagem branca no corpo e penas pretas, marrons ou brancas nas asas. Alguns têm penas marrons no corpo inteiro.



Quando há correntes de ar, o albatroz pode passar horas planando, sem bater as asas. Por outro lado, tem dificuldade em voar quando não há vento.


CARACTERÍSTICAS  




Dentre as adaptações à vida marinha, os albatrozes apresentam uma glândula de sal situada no crânio, acima dos olhos. Essa glândula retira o excesso de cloreto de sódio do sangue e elimina a solução concentrada pelas narinas. Para a natação, possuem todos os dedos dos pés voltados para frente e unidos por uma membrana interdigital que também auxilia nos pousos e decolagens na água. O albatroz tem cabeça grande e bico curvo. Nas patas, os dedos são interligados por uma membrana.




 Além disso, essas aves apresentam uma plumagem bem espessa que é impermeabilizada por uma secreção produzida pela glândula uropigial, o que confere isolamento térmico e proteção contra as baixas temperaturas. Por outro lado, essa espessa plumagem impede que os albatrozes mergulhem grandes profundidades.




A família possui atualmente cerca de 20 espécies conhecidas que são distribuídas em quatro gêneros: Diomedea, Thalassarche, Phoebetria e Phoebastria. Pelo menos sete espécies de albatroz ocorrem no Brasil.
 São aves monogâmicas e nidificam em ilhas oceânicas variando o período de acordo com a espécie, formando grandes colônias.


HABITAT



A maior parte dos albatrozes distribuem-se no hemisfério sul, desde a Antártida até à Austrália, África do Sul e América do Sul. As excepções incluem as quatro espécies do Pacífico Norte, sendo três exclusivamente desta região, do Hawaii ao Japão, Califórnia e Alasca; e uma, o albatroz-das-galápagos, que procria nas Ilhas Galápagos, mas que se alimenta nas costas sul americanas. 



A dependência em relação ao vento, necessário ao voo, justifica a confinação a latitudes elevadas, já que estas aves não têm capacidade para efectuar voo auto-sustentado, de modo a conseguir cruzar com alguma facilidade a zona de convergência intertropical. 



A única excepção, o albatroz-das-galápagos, é capaz de viver em águas equatoriais em volta das Ilhas Galápagos devido às águas frias da Corrente de Humboldt e ventos daí resultantes.
Não se sabe ao certo porque é que os albatrozes se extinguiram no Atlântico Norte, ainda que uma subida do nível médio das águas do mar devido a um período de aquecimento interglacial tenha podido levar à submersão de uma colónia de albatrozes-de-cauda-curta escavada nas Bermudas.



 Algumas espécies meridionais aparecem, contudo, ocasionalmente no Atlântico Norte, permanecendo aí em situação de "exílio" durante décadas. Destes espécimes exilados, há registo de um albatroz-de-sobrancelha que persistiu em voltar a uma colónia de gansos-patolas na Escócia numa tentativa vã de procriar.



O albatroz passa a vida voando em alto-mar e dorme na superfície da água. Ele só visita a terra na temporada de reprodução, quando faz ninho em alguma ilha. A maioria das espécies sobrevoa o oceano Índico e o sul dos oceanos Pacífico e Atlântico

REPRODUÇÃO

   


O casal coloca seus ovos em grandes ninhos feitos no chão e os incubam por um período que varia de uma a três semanas.
Os albatrozes atingem a maturidade sexual tardiamente, com cerca de cinco anos de idade, mas mesmo depois de atingirem a maturidade, não acasalam por mais alguns anos (mais de 10, em algumas espécies). 


Os albatrozes jovens, ainda não preparados para acasalar, retornam por vários anos às colónias apenas para praticar os elaborados rituais de acasalamento e as danças pelas quais esta família de aves é famosa.


  As aves que voltam pela primeira vez à colónia já apresentam os comportamentos estereotipados que compõem a sua linguagem, mas são ainda incapazes de interpretar esses mesmos comportamentos quando exibidos por outros, nem responder de forma apropriada.


 Depois de um período de aprendizagem por tentativa e erro, as jovens aves começam a entender a sintaxe própria destes comportamentos e aperfeiçoam as dança. Esta linguagem será dominada mais rapidamente se estiverem em contacto com as aves mais velhas.
Para atrair as parceiras, os machos fazem danças e rituais engraçados.



Os grandes albatrozes levam mais de um ano a cuidar da cria desde a postura até que esta aprende a voar. Os albatrozes põem um único ovo durante a estação reprodutiva. Se o ovo for capturado por predadores ou partido acidentalmente, não haverá qualquer tentativa adicional de acasalamento nesse ano. A ocorrência de "divórcios" entre pares de albatrozes é algo de muito raro e, quando acontece, é apenas depois de vários anos de acasalamento falhado.



Depois da eclosão, a cria é protegida pelos progenitores por três semanas até ter porte suficiente para se defender e para executar termorregulação. Durante este período, os progenitores alimentam a cria com pequenas refeições providenciadas quando rendem os turnos.



 A cria é alimentada em intervalos regulares pelos dois progenitores que adoptam padrões alternados de viagens curtas e longas, providenciando refeições que representam cerca de 12% do seu peso corporal (cerca de 600 g).

ALIMENTAÇÃO


Essas aves se alimentam principalmente de lulas e, às vezes, de peixes, polvos.
Também comem restos de comida deixados por navios de passagem.



Grandes albatrozes (Diomedea):
















Albatroz-errante ou albatroz-gigante D. exulans

Albatroz-das-antípodas D. (exulans) antipodensis













Albatroz-de-amsterdam D. (exulans) amsterdamensis


Albatroz-de-tristão ou albatroz-de-gough (Diomedea (exulans) dabbenena)














Albatroz-real-setentrional (Diomedea sanfordi)


Albatroz-real-meridional (Diomedea epomophora)













Albatrozes do Pacífico Norte (Phoebastria)

Albatroz-das-galápagos P. irrorata

Albatroz-de-cauda-curta P. albatrus

Albatroz-patinegro P. nigripes

Albatroz-de-laysan P. immutabilis
Thalassarche


Albatroz-de-sobrancelha (Thalassarche melanophris)

Albatroz-de-bico-amarelo-do-atlântico (Thalassarche chlororhynchos)
Albatroz-de-cabeça-cinza (Thalassarche chrysostoma)


Albatroz-arisco (Thalassarche cauta)

Albatroz-de-campbell T. (melanophris) impavida



Albatroz-das-chatham T. (cauta) eremita

Albatroz-de-salvin T. (cauta) salvini


Albatroz-de-nariz-amarelo T. (chlororhynchos) carteri


Albatroz-de-buller T. bulleri

sábado, 16 de janeiro de 2021

POLVO DOS ANEIS AZUIS




POLVO DOS ANEIS AZUIS

Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Cephalopoda
Ordem: Octopoda
Família: Octopodidae
Género: Hapalochlaena
Espécie: H. maculosa
Nome científico: Hapalochlaena maculosa


Um ótimo exemplo da complexidade da vida marinha é uma das criaturas mais belas e mais venenosas de todo o mundo.
O polvo-de-anéis-azuis (Hapalochlaena maculosa) é uma espécie de polvo conhecida pelos visíveis anéis azuis no seu corpo e pelo veneno muito poderoso que possui.
 e é muito pequeno, possuindo apenas 12 cm.
Curiosamente, essa espécie de polvo é bem pequena e atinge no máximo o tamanho de uma bola de golfe. Mesmo assim, a substância tóxica que ela possui é capaz de matar uma pessoa em até 30 minutos. Por sorte, a taxa de incidentes com esse perigoso animal é muito baixa — o que é ótimo, pois não existem antídotos que consigam combater a ferocidade do veneno do polvo-de-anéis-Curiosamente, essa espécie de polvo é bem pequena e atinge no máximo o tamanho de uma bola de golfe. Mesmo assim, a substância tóxica que ela possui é capaz de matar uma pessoa em até 30 minutos. 



Por sorte, a taxa de incidentes com esse perigoso animal é muito baixa — o que é ótimo, pois não existem antídotos que consigam combater a ferocidade do veneno do polvo-de-anéis-azuis. Felizmente só ataca quem tem coragem suficiente de provocá-lo. o corpo do polvo responde ao estímulo exaltando os anéis azuis — que funcionam mais ou menos como um indicador de morte certa. Com isso, a agressividade do cefalópode atinge níveis altíssimos e ele ataca as presas pulando sobre elas. Através de mordidas com sua pequena boca, o polvo injeta seu veneno letal, que é capaz de matar uma criatura de até 1,2 tonelada (1.200 quilogramas).


Ainda, no caso de uma pessoa ter sido atacada pelo animal, é preciso mantê-la sob cuidados médicos intensivos, sendo que a respiração terá que ser feita de maneira artificial. Esse quadro deve ser mantido até que o próprio corpo consiga excretar o veneno pela urina.
Há pelo menos 10 espécies de pequenos polvos de anéis azuis, que, ironicamente para o seu tamanho, são as mais mortais de todos os cefalópodes. Dois exemplos bem conhecidos são: o menor polvo de anéis azuis, o hapalochlaena maculosa e o maior polvo de anéis azuis, o Hapalochlaena lunulata . 



O nome comum vem dos anéis azuis brilhantes que aparecem quando eles estão alarmados. Quando alarmados, exibem seus anéis azuis (que geralmente m Polvos de anéis azuis, como o H. maculosa e H. lunulata, mostram seus anéis azuis como um aviso quando ameaçado. Eles não são agressivos e tendem a evitar o confronto pelo achatamento do corpo e se camuflando à sua volta. Seres humanos só foram ferido quando o polvo foi provocado ou pisados.


Quando a ameaça é inevitável, os polvos ejetam um veneno neuromuscular que contem maculo toxina e tetrodo toxina que causa paralisia. Este veneno é fatal e mais potente que qualquer veneno encontrado em animais terrestres. Vitimas humanas podem ser salvas se a respiração artificial começar rapidamente, mas não há antidoto conhecido e o único tratamento é a massagem cardíaca e a respiração artificial em curso até que o veneno se dissipe (geralmente em 24 horas, sem efeitos nocivos)
Os sintomas incluem: Náuseas, perda de visão e cegueira, perda de sentidos, perda de habilidades motoras e parada respiratória .



HABITAT

O polvo de anéis azuis H. maculosa só pode ser encontrado nas águas temperadas do sul da Austrália em profundidades que variam de 0 a 50 metros. O H. lunulata podem ser encontrados em recifes rasos e poças de maré do norte da Austrália ao Japão, incluindo Papua Nova Guiné, Ilhas Salomão, Filipinas e Indonésia e tão longe como Sri Lanka em profundidades que variam de 0 a 20 metros



CARACTERISTICA



O maior polvo de anéis azuis, o Hapalochlaena lunulata, é ligeiramente maior que o H. maculosa 
Atingem apenas 12 cm de comprimento. A superfície (superior) dorsal de seu manto geralmente tem uma aparência áspera coberta por numerosas rugas irregulares arranjadas. Enquanto descansa, a cor de fundo é um cinza uniforme ao bege, com grandes manchas marrons ou máculas - daí o nome H. maculosa. 



Em seu manto dorsal, 10 máculas formam um padrão de divisas castanho. Todos os oito braços são marcado com aproximadamente 10 espaçadas manchas uniformemente marrons que formam bandas executando as suas armar. Seus azuis geralmente não são visíveis no animal em repouso. Quando o polvo é agitado, as manchas marrom escurecem drasticamente, e iridescentes anéis azuis ou aglomerados de anéis aparecem e pulsam dentro das máculas. Aproximadamente de 50 a 60 anéis azuis cobrem a superfície dorsal e lateral de seu manto.


O maior polvo de anéis azuis, o Hapalochlaena lunulata, é ligeiramente maior que o H. maculosa. 
Grandes anéis azuis iridescentes cobrem a superfície de seu manto. Os anéis são de até 8mm de diâmetro e números menores que 25. Existe uma curta linha horizontal azul iridescente que corre através de seus olhos. Quando em repouso, fracos e magros anéis azuis são geralmente visíveis. Enquanto descansa adquire uma cor marrom pálida ao amarelo, dependendo de seus arredores; Porém quando alarmado, o polvo exibe brilhantes anéis azuis em todo seu corpo.



O H. lunulata carrega veneno suficiente para matar 26 humanos adultos em poucos minutos.
Quando a ameaça é inevitável, os polvos ejetam um veneno neuromuscular que contem maculo toxina e tetrodo toxina que causa paralisia. Este veneno é fatal e mais potente que qualquer veneno encontrado em animais terrestres. Vitimas humanas podem ser salvas se a respiração artificial começar rapidamente, mas não há antidoto conhecido e o único tratamento é a massagem cardíaca e a respiração artificial em curso até que o veneno se dissipe (geralmente em 24 horas, sem efeitos nocivos)
Os sintomas incluem: Náuseas, perda de visão e cegueira, perda de sentidos, perda de habilidades motoras e parada respiratória .



ALIMENTAÇAO

Os polvos de anéis azuis se alimentam de pequenos e grandes caranguejos e camarões caçando durante o dia. Dois tipos de venenos são secretados por duas glândulas separadas. Um dos venenos é usado para a caça de caranguejo e camarão, mas pode também alimentar-se de peixes quando a oportunidade surge. 



O outro tipo de veneno que é extremamente tóxico, é usado como autodefesa contra predadores. Os venenos são secretados na saliva do polvo, mas o mecanismo de envenenamento da sua vítima não é bem compreendida. Ou o veneno é expelido na saliva dentro da água ou o polvo morde sua presa ou predador. Uma vez que a presa está morta, o polvo começa a consumi-la.  Ele salta para a presa, morde-a e usa o seu bico para a rasgar aos poucos. Suga a carne para fora do exoesqueleto do crustáceo.



REPRODUÇAO

O ritual de acasalamento do polvo de anéis azul começa quando o macho se aproxima de uma fêmea e começa a acaricia-la com seu braço modificado, o hectocotylus. Os machos, em seguida sobem em volta das fêmeas engolindo completamente seu manto e obstruindo a visão da parceira. O hectocotylus é inserido sob o manto da fêmea e espermatozoides são liberados em seu oviduto. Ela então deposita entre 5 e 10 ovos que serão protegidos sob seus tentáculos até que choquem cerca de 50 dias depois em larvas planctônicas. A fêmea então morre pois é incapaz de comer enquanto protege seus ovos. Os polvos de anéis azuis é aproximadamente do tamanho de uma ervilha quando eclodem e crescem para atingir o tamanho de uma bola de golfe como adulto. Amadurecem rapidamente e começam o acasalamento no outono seguinte. Os machos morrem após o acasalamento. Polvos e lulas têm uma vida curta de cerca de 2 anos.


ALIMENTAÇAO

A sua dieta consiste tipicamente de caranguejos pequenos e camarão, mas pode também alimentar-se de peixes quando a oportunidade surge. Ele salta para a presa, morde-a e usa o seu bico para a rasgar aos poucos. Suga a carne para fora do exoesqueleto do crustáceo. Em condições de laboratório foram vistos em atos de canibalismo, comendo elementos da mesma espécie, embora isto não seja observado na natureza.


O seu veneno é uma grande mistura de compostos tóxicos conhecidos como tetrodo toxina, é capaz de matar as vítimas com grande facilidade, sendo que uma dose é capaz de matar 20 homens. Se equipara ao veneno do Conus, um caracol marinho igualmente venenoso. Poucas vezes se pensaria num polvo como um animal venenoso e, contudo, esta espécie que habita na Grande Barreira de Coral Australiana e é um dos animais mais venenosos do planeta. 




A quantidade de veneno de uma mordedura deste polvo, é suficiente para matar em poucos minutos vinte pessoas ou um animal do tamanho de um búfalo com cerca de 1200 Kg. Por sorte, os acidentes com humanos são raríssimos, já que não há antídoto para o veneno deste polvo. 

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